quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Tempo não Pára

Ontem acordei com essa música do Cazuza na cabeça. Então, resolvi postá-la aqui.


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

3 comentários:

irineu xavier cotrim disse...

por que nas noites de frio é melhor nem nascer?

Re disse...

Talvez porque, enquanto não se nasce, você está aninhado, acolhido,protegido...

Ulysses Boscolo disse...

Nunca tinha lido a letra completa... mas apenas, tinha na memória, esta música fantástica, esta espécie de estimulo "gravado", ainda, na minha infância dos anos 80.

Gosto das noites de verão.
O corpo respira o espaço "ampliado e úmido" do calor!

U.