domingo, 16 de março de 2008

Quase sem querer

Ontem estava conversando com uma pessoa muito querida, sobre sentimentos, emoções e estado de espírito. Enquanto conversávamos, uma música do Legião Urbana me veio à cabeça, e resolvi postá-la aqui.


Quase Sem Querer

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso.
Só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo
E tão contente.
Quantas chances
desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você


Essa música ainda me faz pensar em algo além... nos versos: "Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas? " o que ele quer dizer?
Pensando no contexto da música, vejo uma ambiguidade - será que ele quis dizer que todas as palavras se repetem, ou será que ele quis dizer que as palavras que não são ditas são aquelas que machucam, e por isso devem ser evitadas? Creio que seja a primeira opção, de que todas as palavras se repetem em algum momento. Mas é sensível pensar que as palavras que não se repetem são aquelas que ofendem, magoam, e que não devemos dizê-las.
Apenas um devaneio sobre umas das músicas que mais gosto...

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