segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Último dia do Ano

Último dia do ano de 2007...
Senti uma certa obrigação de escrever, por causa da data, mas não sei bem o que.
Não falarei de planos para o próximo ano, que inicia amanhã, pois no momento não creio em nenhum. Os planos que fiz para 2007 foram pelos ares. Alguns se realizaram de uma maneira torta, e outros, que eu achei que eram certos, desfizeram-se no ar.
Então, para que planos? É quase como um cronograma... fazemos, mas sabemos que a maioria não se cumpre do jeito que queremos.
Mas não fazer planos nao quer dizer que não tenha esperanças. Esperança de um ano de paz, de um recomeço geral em minha vida, de novas e de antigas amizades, de um novo amor.
Que venha 2008. Que venha com coisas boas!

sábado, 29 de dezembro de 2007

aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
É bem isso... um grito, daqueles que vem desde o fundo da garganta... às vezes precisamos soltar esse desabafo...
Digo que esses dias foram um pouco pesados para mim. Lembranças de coisas passadas vieram à tona essa semana e, apesar de esperar por esse momento, quando ele veio, pensei que talvez fosse melhor não ter chegado...
Fiquei triste, muito triste. E agora estou com um certo aperto no coração. Difícil... e em plena semana de natal e ano novo, quando o que queremos é festejar. Pois digo que eu queria era estar bem longe! Sei lá onde, mas longe. Em algum lugar que nunca estive antes, para não ter lembrança alguma. Conhecer pessoas novas e interessantes, que nunca me machucaram, para não ter palavras ecoando em minha mente... enfim...
Penso que o ano novo está chegando... como gostaria que, com a chegada dele, todas as lembranças e fatos ruins simplesmente desaparecessem! Mas sei que não é assim...
A ferida que fizeram em mim foi grande e profunda. Demorou para fechar. E como demorou. E essa semana ela quase que se abriu novamente. Doeu, senti, mas não se abriu.
Pessoas.. tão difíceis de se entender... como disse para um amigo, somos homo sapiens não tão sapiens...
Sem mais.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

gira mundo

O mundo dá voltas... e voltas inesperadas, que nos pegam quando menos esperamos.
Se me perguntassem em janeiro como seria o meu ano, com certeza não imaginaria nem 1/4 do que me aconteceu em 2007.
Nesse ano casei, descasei, retornei à minha cidade natal. Estou em um emprego novo, onde aprendo muito todos os dias. Reencontrei muitos amigos, e recebi muito carinho de todos eles.
Vivi muita coisa em pouco tempo. Amadureci uns 10 anos em 6 meses.
Saí de uma casa que achava que era minha, e voltei para a casa dos meus pais (sinto falta de um espaço só meu, mas tudo tem seu tempo).
Enfim... meu mundo virou de cabeça para baixo... digamos que ele está quase no eixo novamente... É engraçado isso porque, agora que estou voltando ao prumo, vejo que certas pessoas que ajudaram a rodar meu mundo, não escaparam dessa roda viva... e agora eles estão girando também...
Conheci novas pessoas, redescobri pessoas que já conhecia. Tive muitas surpresas boas em meio à névoa que fiquei. E agora meu céu está ficando azul novamente.
E espero que 2008 venha com força positiva total! Que seja um ano com muito mais alegrias, muita paz interior (que tenho buscado intensamente nesses últimos meses), muita paixão e amor (que ninguém é de ferro), muita amizade (pois amigos são essenciais para nossa vida).

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Natal

Mais um Natal passou...
Devo dizer que o deste ano foi bem diferente... família, relacionamentos... estranho...
Não digo que foi melhor ou pior (apesar de achar que foi um poquinho pior, devo confessar), mas foi muito diferente...
A comida realmente estava longe de lembrar Natal! Foi churrasco!! (Estava uma delícia, diga-se de passagem). Mas senti falta de tender ou peru com frutas... senti falta também de beijos e abraços... senti falta de uma cumplicidade secreta...
Foi difícil, e ao mesmo tempo muito mais fácil do que pensei que seria...
Acho que esse ano foi uma quebra de muita coisa... O lugar da comemoração, a falta da troca de presentes (nos demos os presentes antes... não há mais Papai Noel, como há alguns anos), certas companhias não existem mais... não senti o clima natalino me envolver... pra mim, foi apenas uma reunião de família...
Não foi triste, mas também nao foi alegre... apenas foi.
Agora, fica a vontade do ano novo. Que ele traga muito mais alegrias do que 2007...
Na numerologia, dizem que 2008 é ano de recomeço... que seja! E que comece com o pé direito, e que muitas coisas boas aconteçam!!!!!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

o que falar?

Hum... estava com vontade de escrever... mas esse não será um texto interessante, pois estou sem inspiração... não tenho um tema na cabeça, nem um assunto interessante, nem uma lembrança de algo que quisesse colocar aqui... na verdade, queria colocar uma poesia que fiz há uns 10 anos, mas preciso procurá-la na minha agenda escolar... Isso me faz lembrar que os anos passam...
Mas vocês nunca me ouvirão dizer que estou ficando velha - adoro comemorar aniversário, mas sem pensar que estou envelhecendo. Não que eu ache uma coisa ruim; pelo contrário, é a coisa mais natural do mundo. E que bom que envelhecemos - sinal que vivemos muitas coisas! Que a vida nos deu a chance de presenciarmos acontecimentos (importantes ou não), de convivermos com muitas pessoas, de aprendermos um pouquinho mais sobre o mundo, sobre os sentimentos, sobre valores...
Voltando ao assunto - que o tempo passa - nunca tive problemas em dizer minha idade, e nunca terei (mesmo porque normalmente as pessoas sempre acham que sou mais nova do que a minha idade registrada em documentos, e tenho que confessar que acho isso o máximo). Tenho 25 anos, e espero viver mais 60 pelo menos! Claro que com saúde e lucidez.
Bateu uma saudade da minha avó paterna e do meu avô materno agora...
Minha avó viajou muito (até pra Disney foi, com mais de 75 anos!), fazia um crochê como ninguém, assistia a todas as novelas e lia todos os jornais! Falava sobre política, sobre cultura, sobre fofoca, tudo! Usava microondas (minha avó materna o usa como guarda-pão, e minha mãe às vezes acha que microondas mais modernos mordem). Ia à excursões com o grupo da terceira idade. Falava "dinoSauro", "ipsilone"(Y). Tingia os cabelos - o eterno cabelo preto, que não ficava branco nunca, nem um fiozinho, nem uma pontinha de raiz! E foi embora, aos 95, por causa de um apendicite!
Já meu avô exagerou na bebida e no cigarro, este último o maior responsável por sua partida... mas sempre me tratou com muito carinho (primeira neta, sabe como é), e lembro dele até hoje, em uma comemoração de Ano Novo, que ele me disse: "daqui uns anos, poderei falar pros meus amigos que tenho uma neta 'dotora' !!" - e falou isso porque eu estava cursando a faculdade. Lembro que meus olhos, assim como os dele, encheram-se de lágrimas, e sorrimos um para o outro. O que representava tanto orgulho para ele, para mim era um caminho natural que eu traçava, de prosseguir com os estudos para ser a profissional que eu queria... Ele lia jornais e via tv com certa dificuldade, pois era cego de um olho, e tinha glaucoma. Bebia escondido. Fumava no banheiro e depois abria e fechava a porta em movimentos bem rápidos, para espantar a fumaça - como se não sentíssemos o cheiro do cigarro!
Saudades...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Choro

Durante a semana o céu chorou. E muito. E todos os dias, um pouquinho por dia, aquele choro incontido. Lágrimas pesadas, que lavam tudo. E depois pára, sem soluçar. Mas, mesmo chorando tanto, o céu ainda ficou incomodado no sábado. E chorou novamente. Mas domingo não.
Domingo, o choro foi da praça. Ou melhor, na praça! Um festival de chorinho, com vários artistas, durante todo o dia. O céu bem que tentou chorar novamente, mas ao ouvir a melodia desistiu, e foi ficando mais aliviado, mais leve. As nuvens foram se dissipando, e até o sol veio ouvir o choro de tantas vozes e instrumentos. A brisa estava suave, sem agressividade.
O clima era de amizade - quase um barzinho, um violão. No caso, uma casa do café, muitos violões, e muito blá, blá, blá, que só amigos se divertindo em uma tarde alegre de domingo conseguem fazer. Era um tempo particular, em meio à correria diária, à preocupação de toda hora. Naquele café, em frente à praça, só importava a conversa, a risada, e o choro.
E à noite, o céu se iluminou e a praça se despediu do choro ao som de "Carinhoso" - quer melhor que isso? As estrelas no céu acompanhando as estrelas do choro, fecharam a noite.
E eu vim pra casa, tranqüila, em paz, e feliz.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

More than Words

Extreme - More Than Words

"Saying I love you
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you
Not to say, but if you only knew
How easy it would be to show me how you feel
More than words is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say that you love me
Cause I´d already know
What would you do if my heart was torn in two
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away
Then you couldn't make things new
Just by saying I love you
More than words
Now that I've tried to talk to you and make you
understand
All you have to do is close your eyes
And just reach out your hands and touch me
Hold me close don't ever let me go
More than words is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say that you love me
Cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away
Then you couldn't make things new
Just by saying I love you
More than words...'"


Acho que finalmente entendo o verdadeiro significado dessas palavras... sempre achei a música bonita, a letra com um significado relevante. Mas, analisando novamente a música, vejo que realmente é "more than words"...
Você não conhece a pessoa nos seus dias bons. Você não a conhece quando ela fala coisas bonitas. Não estou falando que ela precisa xingar para você conhecê-la. Mas é algo além da palavra, algo além da aparência...
É no detalhe do dia-a-dia. É naquele momento que ela não quer papo, que ela está cansada. É no momento de alegria, mas também no momento de tristeza. É no olhar, é no gesto. É na conversa calada, no choro, na respiração ofegante.
No dia de TPM, por que não? Na conversa franca, de olhos nos olhos, sem medo. Por pior que seja a situação, é quando a pessoa olha em nossos olhos que a conhecemos. Se ela desvia o olhar, é porque esconde alguma coisa. E se esconde, é porque não é totalmente franca.
Palavras podem ser distorcidas, podem ser falsas, podem ser apenas palavras... agora, os gestos, os olhares, eles não mentem. O corpo fala muito mais que a mente, sem que a gente perceba. E, quando notamos a linguagem do corpo, dos olhos, dos gestos, primeiro nos entristecemos, por ter deixado tanta coisa passar; depois, sentimo-nos aliviados, pois prestaremos mais atenção ao que o outro diz sem usar as palavras. E percebemos que essa nova linguagem que descobrimos nos transmite muito mais, e nos faz muito mais felizes.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Dondocagem

Dondocagem. Que raios é isso?
Bom, tudo começou em um dia que eu estava muito mal... estava triste, com vontade de chorar, e sem ânimo para trabalhar. Então, virei para minha amiga e colega de trabalho, Nora, e falei: "vamos dondocar hj?" . E ela, com uma cara de interrogação, perguntou:"que isso?" E eu respondi: "Dondocar=fazer programa de dondoca! Vamos almoçar fora e ver vitrines?". E ela na hora, disse: "Vamos!!!!"
E assim fizemos. Almoçamos em um restaurante charmosinho, que serve uma comida deliciosa, e depois fomos bater perna! O que compramos aquele dia? Eu, particularmente, nada. Ela, uns rolos de fita dupla face, e algumas blusinhas lindas. O mais legal daquele dia foi o fato de sairmos, mesmo. Almoçar fora, sem pressa, saboreando cada garfada, fofocando como boas amigas fazem, rindo muito, entre uma loja e outra. Foi muito bom. Esqueci minha tristeza por algum tempo, e me diverti bastante.
E hoje, falei para a Nora e para a Mônica (minha mais nova amiga, e também colega de trabalho): "Vamos dondocar amanhã?". E as duas, sem titubear, responderam na hora: "Vamos!!" Dessa vez não estou triste, não tenho o que tentar afastar de mim. Vamos dondocar apenas para relaxar. Mas, como não temos dinheiro, e temos apenas 2h de almoço, nossa dondocagem é curta e barata... vamos apenas almoçar naquele restaurante charmozinho, e ir a lojas baratinhas. E o que vale é todo o espírito da dondocagem!!! Risos, e conversas, e passeios sem pressa! Apesar de termos um horário no escritório a cumprir.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

The Lord of The Rings

Shire... Baggins...
Tenho que confessar... sou fanática por "O Senhor dos Anéis", e passei o fim de semana assistindo a versão extendida dos filmes. E hoje, em plena segunda, estou assistindo ao terceiro filme da trilogia. Às vezes gostaria de poder viver entre elfos e hobbits, ents e magos, reis e anões, mas se houvesse essa possibilidade a vida não teria tanta graça, pois histórias com esses seres perderiam seu encanto.
Bom, vou voltar à disputa entre Legolas e Gimli.
After some beer, and with Gimli at the floor, Legolas says: Game over"

sábado, 1 de dezembro de 2007

ai, ai... tédio, tédio

Hoje estou num dia entediante... pleno sábado, e acabei não fazendo nada, exceto ficar quase o dia todo conversando via net, e dar uma voltinha na rua com minha mãe. É sábado, caramba!!!
Mas tudo bem... um sábado monótono de vez em quando não faz mal a ninguém.
Provavelmente será um exercício enorme de troca de botões no controle remoto, em busca de um programa ou um filme interessante...
Sem mais...

Renata em Aquarela

Essa música ficou na minha cabeça um dia inteiro. Passei por certos acontecimentos nos últimos meses que não foram fáceis. E essa música veio pra mim no momento em que percebo que estou superando tudo o que aconteceu. Por isso, resolvi colocá-la aqui, e comentar exatamente qual é a sensação que toma conta do meu presente.

AQUARELA - Toquinho

"Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havai, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá."

É no espírito dessa música que minha vida está no momento. Rabisco meus anseios, como uma criança que faz o mundo em um papel. Creio que posso fazer qualquer coisa, desde que eu realmente queira; e mesmo que não consiga, pelo menos me dou a chance de tentar. Minha vida é como um barco a velas guiado pelo vento. E o vento nem sempre me dirige pra onde quero, mas sempre pra onde preciso ir. Com isso, surpresas boas e ruins acontecem em minha vida. Tenho uma grande fortuna no barco comigo - amigos. Amigos que festejam junto, que choram junto, que vivem cada um em seu momento, um pouquinho da minha vida comigo. E tudo isso me faz crescer, e ver que, como toda aquarela, um dia as coisas se descolorirão... seja porque pessoas saíram de minha vida, seja porque minha memória falha, seja porque outra aquarela foi pintada por cima da antiga, seja porque, um dia, meu tempo aqui nesse plano passará. Enquanto isso, tento guiar o barco, sabendo que quando precisar, o vento se encarregará de guiá-lo por mim. E me sinto livre.