domingo, 29 de novembro de 2009

Palavras na calmaria

Às vezes é difícil escrever. Não porque não haja assunto, ou porque não haja vontade. Apenas porque as palavras não saem.
E é interessante constatar como o sofrimento gera produção. Muitos dos poemas que escrevi aqui eu fiz quando estava triste ou incomodada com alguma situação, algum sentimento. Claro que também escrevi textos quando estava bem, feliz, alegre. Mas a tristeza é mais comovente, é mais chamativa, mais envolvente. O ser humano gosta de ler sobre a dor, talvez para encontrar conforto, para se familiarizar, perceber que o outro também sente, chora, dói.
Há mais de uma semana sem escrever, senti-me um pouco na obrigação de deixar algumas palavras digitadas no blog. Até porque me incomoda demais o fato de produzir pela dor. Creio que a alegria também é produtiva. Mas acho que a maior barreira de não escrever quando estou bem é o medo de parecer melosa, boba.
Enfim...
Sei que na vida há momentos de felicidade e de melancolia, e no momento estou na primeira opção. Como diz o ditado, "depois da tempestade, a calmaria". No entanto, hoje sinto-me vivendo uma calmaria diferente. Como se o barco seguisse tranquilo, mesmo sem saber seu destino.

sábado, 21 de novembro de 2009

À dois

Tua boca
Meu peito
Minha fala
Teu jeito
Mãos minhas
São tuas
Tua respiração
No meu corpo

Meu carinho te faz cócegas
Depois do prazer.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Entrelinhas

Minha vida é um livro aberto
Apenas escrito nas entrelinhas.

sábado, 14 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios

Uma história real distorcida por Tarantino.
Como todos os seus filmes, esse é sanguinário, bizarro, com muito humor negro.
Uma crueldade requintada e ao mesmo tempo escrachada.
Muito bom!! Assistam!

sábado, 7 de novembro de 2009

Roteiro primeiro

Apresentação virtu(re)al
Para primeiras conversas
À noite um barzinho
Para primeiros olhares
Conversas de mesa
Para primeiros beijos
Grande tela
Para primeiro escurinho.

Um roteiro que se repete
Para primeiros encontros.
Em todo o mundo
Para primeiros romances
E quantos mais se seguirem.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dia diferente

Segunda foi feriado. Hoje também. Por isso, o chefe liberou o pessoal de trabalhar na terça. Fui então com meu primo, sua noiva e mais uma amiga para um parque aquático em Olímpia. Que delícia! O dia estava lindo - céu azul, sol e calor, do jeito que eu gosto. A viagem foi tranquila, até chegarmos à agência de turismo. Depois de comprarmos oos ingressos, pedimos orientação para chegar ao parque. Cruzamos os quatro cantos da cidade até conseguirmos achar o dito cujo!
Chegamos, estacionamos o carro, e vimos muitos carros vindos da mesma cidade que a gente. Feriado prolongado tem dessas coisas, né? Claro que encontramos conhecidos lá! O parque não estava lotado, mas havia bastante gente. Conseguimos aproveitar muito!!!! Como fica numa região de termas, todas as piscinas são naturalmente de águas quentes! Muitas piscinas com toboágua, outra que imita rio - com correnteza e tudo - e outra que imita praia - com ondas! Também tinha a piscina da sonolência, onde você pode ficar esticado em uma espreguiçadeira, semi submerso. Uma maravilha! Super relaxante! Aproveitamos muito, o dia todo!
Decidimos tomar um banho antes de ir embora, mas devo confessar que foi um tanto difícil... Não havia onde colocar shampoo, sabonete, onde pendurar toalhas... nós fizemos um revezamento, enquanto uma tomava banho a outra olhava as coisas e ia passando sabonete e etc para a que estava debaixo d'água. Ah! Detalhe: o chuveiro funcionava como aquelas torneiras de pia que permanecem por um tempo abertas, e depois desligam! Malabarismos mil para tomar banho. Depois disso tudo, pegamos a estrada de volta para casa. Foi ótimo!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Imparidade

Meus anos ímpares tem sido sem par.
Um aprendizado solo,
Numa passagem de apenas dois pés.
Os desejos são muitos,
Porém não mútuos.
O olhar caminha solitário
e as mãos não se abraçam.
Anseio por números que somados
Possam ser divididos por inteiro.
Que não sejam fracionados
Em partes desiguais.
Quero o par, mesmo em anos ímpares.

domingo, 1 de novembro de 2009

Balada Descompromissada

Olhos balançam ao som do pop-rock.
Ouvidos cochicham alto,
Mas algumas bocas não se ouvem.
Lado a lado,
A proximidade distante.
O pop-rock continua
E olhos balançam.