segunda-feira, 31 de maio de 2010

Don't Worry, Be Happy

Como sempre, estava com uma música na cabeça. Então, segue um pouco de Bobby McFerrin.

Here's a little song I wrote,
You might want to sing it note for note.
Don't worry, be happy.
In every life we have some trouble,
But when you worry you make it double.
Don't worry, be happy.
Don't worry, be happy now.

Woo-oo-hoo-hoo-oo hoo-hoo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry.
Be happy.
Don't worry, be happy.

Ain't got no place to lay your head,
Somebody came and took your bed.
Don't worry, be happy.
The landlord say your rent is late,
He may have to litigate.
Don't worry, (ha-ha ha-ha ha-ha) be happy.
Look at me, I'm happy.

Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry.
Be happy.
Here, I'll give you my phone number.
When you're worried, call me.
I'll make you happy.

Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry.
Be happy.

Ain't got no cash, ain't got no style,
Ain't got no girl to make you smile,
Don't worry, be happy.
When you're worried your face will frown,
And that will bring everybody down.
Don't worry, be happy.
Don't worry, be happy now.

Woo-oo-hoo-oo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry.
Be happy.
Don't worry, be happy.

Woo-oo-hoo-oo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry, don't worry.
Woo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't do it, be happy.
Woo-oo-oo-oo-ooo
Put a smile on your face
Don't bring everybody down like this.

Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry. Woo-oo-oo-oo-oo-oo-oo
It will soon pass, whatever it is.
Woo-oo-oo-oo-ooo
Don't worry, be happy.

Woo-oo-hoo-hoo-oo oo-oo-oo-oo-oo-oo-ooo
I'm not worried.
I'm happy.

domingo, 30 de maio de 2010

Comer, Rezar, Amar

Há alguns meses minha fisioterapeuta me emprestou o livro "Comer, rezar, amar". Mas eu só fui ler há 2 semanas. Sempre tinha alguma outra coisa pra ler, ou outra coisa pra fazer, e acabava não tocando no livro. Mas, ao lê-lo, fiquei muito contente! Adorei!
Elizabeth, ou Liz, conta uma parte de sua história, em busca da paz e da felicidade interior. Depois de um divórcio difícil e de um fim de namoro complicado, Liz resolve passar um ano afastada de sua rotina, indo viajar para Itália, Índia e Indonésia. Entre a maravilhosa culinária italiana, as meditações indianas e as aventuras indonésias, pude acompanhar a evolução e equilíbrio de Liz.
Seus pensamentos e sua passagem por cada lugar são narrados numa linguagem simples, divertida, às vezes com um pouquinho de tristeza, que logo é tomada por uma alegria real.
Terminei o livro com vontade de saber mais sobre sua história, com vontade de começar um contato com ela, de alguma forma.

Robin Hood

Ontem fui ao cinema com uma amiga e sua irmã. Fomos assistir a Robin Hood. Diferente de outras histórias que já vi sobre o Ladrão dos Ricos, essa eu achei mais real.
A história se passa no século XII, na época das cruzadas. As tropas do rei da Inglaterra, Ricardo, Coração de Leão estão na França, à caminho de volta da Inglaterra. Entre seus arqueiros, está Robin. Em uma das batalhas travadas, o rei é morto. E aí começa a história de Robin Hood.
Não há grandes surpresas no filma, mas valeu.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Invasão

Chega sem pedir licença
Sem dó, vira minha cabeça
E sai
Não quer saber o que penso
Quer aproveitar o momento
Que se esvai
Abraça sem medo
Beija em segredo
Sem mais

sábado, 22 de maio de 2010

Falando sobre viagem

Hoje foi um dia de lembrar da maravilhosa viagem que fiz ano passado. Pela manhã, levei meus mapas, passagens, cartões, para a aula de francês. À tarde, uma amiga veio aqui em casa para pegar umas dicas de Paris. Ela chegou por volta das 2h da tarde, e ficamos conversando até às 18h. Foi uma delícia lembrar de tantos passeios gostosos, tantas comidas deliciosas, aventuras, diversões! Contei da parte da viagem pela Itália também, e falei algumas coisas engraçadas que aconteceram.
Então, lembrei do meu diário de bordo - um caderninho que levei para anotar todos os dias do incrível passeio! Resolvi transcrever aqui o primeiro dia (que na verdade são dois) - desde a partida da minha cidade, até chegar em Roma. Segue abaixo:

02/07/09 - de São Carlos a São Paulo
Saímos às 12h45. A estrada estava tranquila, mas ao chegar à terra da garoa pegamos bastante trânsito. Um pequeno nervosismo, por causa do horário do vôo. Mas, tudo certo - estávamos com tempo. Logo ao chegar, embalamos as malas e fomos fazer o check-in. Quer dizer, fomos para a fila. Aliás, o que mais pegamos foi fila. Fizemos o check-in, comemos e fomos para a alfândega. Dio Santo! Mais fila! Que confusão! Ficamos paradas um tempão - diria até que foi uma segunda marginal, mas dessa vez à pé e sem acidentes ou buzinas. Ao passar da alfândega, esperamos. O vôo atrasou mais de uma hora. Na hora de embarcar, claro, mais fila. Mon Dieu! Espera, espera. Pronto. Sentemo-nos. Todos à bordo. Preparando para decolar. Então, o chão se afasta de nós. E a cidade vira um mar dourado. E fica pequena, pequena. No céu chuvoso, um chão de estrelas. E o grande pássaro de aço voa sem bater asas.
Depois de um tempo, um copo de champagne e umas bolachinhas. O jantar chega e estava bom - salada de batatas com atum, ravióli ou fricassé de frango, um queijo camambert, pudim com calda de caramelo, um sonho de valsa e vinho. Très bon!

03/07/09 - Do céu ao chão
Voa, voa, e depois de onze horas, chegamos à Paris. Calma. Apenas ao aeroporto, para pegar a conexão para Roma. Espera de novo. Depois de mais de uma hora, pegamos o avião até Roma. No meio da viagem, logo após o lanchinho, reclinei minha cadeira (0,1 grau) e senti um cutucão na cabeça. Pensei que fosse alguma criança, mas era uma senhora idosa. Não bastasse isso, o senhor que estava ao lado dela empurrou a cadeira da minha tia. Pensei comigo: Que dia longo!
Chegando em Roma, pegamos o trem. A Stazione Termini fica a uns três quarteirões do hotel. Mas juro que parecia ser do outro lado da cidade! Estávamos super cansadas, cheias de malas, um horror! Então tentamos pegar um táxi, mas era muito próximo e eles não queriam nos levar. Um deles até falou que o hotel que estávamos era um muquifo, pavoroso (claro que não era!). Então minha tia o mandou à merda (foi engraçado! Ali vi que estávamos realmente na Itália).
Pouco antes disso, ainda quando estávamos no trem, uma jovem sentou-se conosco. Resolvi puxar assunto, e descobri que ela era inglesa e que tinha vindo para cá para ouvir a irmã cantar em um coral. Fomos conversando até a estação.
Logo que dei as primeiras olhadas em Roma - cansada e sem dormir por causa do vôo - achei que a cidade tinha um tom terra-cota.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Na pele

Sentir o coração palpitar
Numa simples cruzada de olhar
Sentir as pernas tremerem
Ao deixar braços se envolverem
Sentir as mãos gelarem
Quando lábios se tocarem
Perder o sentido
Com conversas ao pé do ouvido

terça-feira, 18 de maio de 2010

Culturas caricatas

O que você pensa ao ler a palavra "Itália"? Pensa nas cores verde, branco e vermelho? Pensa em pessoas cantando ao invés de falarem? Em tarantela? Em mil gestos com as mãos? Em massas, queijos e vinhos? Pizza?
Se fizermos a mesma pergunta a um estrangeiro, sobre o que ele pensa ao ler "Brasil", o que ele responderia? Futebol, samba, carnaval, feijoada e caipirinha?
É incrível como a gente faz verdadeiras caricaturas das culturas que são diferentes da nossa. Sou brasileira, mas não posso dizer que sei sambar. Adoro feijoada, mas detesto caipirinha. Carnaval? Blargh... sou muito mais uma festa junina.
Tenho uma amiga italiana, que veio para o Brasil aos 11 anos. Ela fica louca quando vê alguma novela retratar a Itália. Entendo que os autores queiram fazer uma homenagem a lugares que eles gostam, mas acabam caindo no caricato. Italianos de novela estão sempre sorrindo, numa fazenda de videiras, tomando vinho, berrando e cantando, falando com as mãos... Quando ela estava para se casar, perguntaram a ela se iria tocar tarantela - e ela praticamente fuzilou o ser com seu olhar. E disse: "Tarantela é de uma região da Itália, e eu não sei dançar. Sei sambar muito mais do que dançar a dita cuja!"
Pensei, então, que é o mesmo caso... também não gosto de ver o Brasil retratado em obras estrangeiras. Parece que todo mundo anda pelado, só vai à praia, não trabalha, não estuda, dança samba o ano todo, acompanhado de feijoada, carnaval e futebol.
Mas, eis que nos deparamos com situações engraçadas também... certa vez veio um francês para a faculdade, por intercâmbio, e depois de uns meses, ele disse: "Vocês brasileiros só falam de comida, bebida e depilação". Foi engraçadíssimo, e a turma começou a reparar. De fato, falávamos muito sobre comida, bebida e... depilação?(essa eu ainda não sei de onde ele tirou).
Devo dizer aqui que minha primeira impressão da Itália, ao pisar em Roma, foi a de um lugar agitado, repleto de vida, com sua história milenar que influencia o mundo até hoje. A Itália das massas maravilhosas, isso é inegável, mas prefiro as pizzas brasileiras. A Itália dos sorvetes mais gostosos que eu já provei, de feiras seculares, de uma alegria que com certeza herdamos (junto com sua burocracia). Uma Itália muito mais real do que a que vi em qualquer tela.

domingo, 16 de maio de 2010

Trocas

Hoje de manhã vi algo interessante. Uma movimentação na praça, em pleno domingo. Algumas pessoas fazendo caminhadas, outras passeando com cachorros, mas a maioria das pessoas estava ali por outro motivo. Pessoas de todas as idades, numa espécie de troca - não era a feira da sucata e da barganha, mas vários grupinhos pela praça, conversando e negociando FIGURINHAS! Sim!!! Todas elas com álbuns na mão, listas das figurinhas que faltavam, das repetidas... Achei super divertido, e lembrei de quando eu era criança, e tinha meus álbuns de figurinha e minha coleção de papéis de carta. Na hora do intervalo da escola, formávamos rodinhas para trocar. As figurinhas mais difíceis ou os papéis de carta mais bonitos valiam mais. Tinha papel de carta que valia por 5! Achei muito divertido ver as pessoas na praça, trocando figurinhas!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Para esquentar

Quero um cobertor de orelha
Alguém que me esquente
Que durma de conchinha
Que me abrace inesperadamente
Que faça eu não ser mais minha
Por um momento
Que roube um beijo lento
Que não esteja apenas de passagem
Que queira seu lugar na garagem
Do meu peito
Um lugar no leito
Que não vá com o primeiro vento
Que se for,
Volte todo dia
Para eu contar minhas alegrias
Porque na minha vida não cabe dor
Quero, para dias frios
Um caloroso amor

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Máquina

Essa semana reli um livro que gosto muito, escrito por Adriana Falcão, entitulado: A Máquina.
A história é simples, e se passa em uma cidadezinha do interior do Nordeste - um homem, apaixonado por uma mulher, resolve que vai levar o mundo até ela, para que ela não vá atrás do mundo. Para isso, resolve construir uma máquina do tempo e da morte.
O que me chama mais a atenção nesse livro é a linguagem poética, o jogo de palavras, a delicadeza e sutileza presentes na narração, que pede para ser feita em voz alta. Voz alta? Sim! Para que não apenas os olhos leiam, e sim o corpo todo, a alma toda.
Segue abaixo um trecho do livro:

"Era o tempo de Antônio. E lá o tempo passava diferente. Era uma coisa agora, com um pouco já era outra e logo depois não era mais essa. Era aquela. O tempo de Antônio passava rápido demais. É ali por volta do ano dois mil que começa a história do tempo de Antônio. Mas o tempo de Antônio começou há mais tempo do que isso, vinte e tantos anos antes, quando Antônio veio ao mundo. Ou então ainda há mais tempo, bilhões de anos atrás, quando o mundo foi criado. Tudo era uma seca só. Não tinha terra, não tinha céu, não tinha bicho, não tinha gente, não tinha nada. Era só breu. Aí Deus foi ficando meio enjoado e resolveu criar o mundo. Ele pensou assim, vê que besteira a minha, por que é que vai ficar tudo sem nada se eu posso inventar o que eu quiser? Então saiu inventando.
Primeiro ele inventou o céu que era pra ter onde morar. Mas como o céu tinha que ficar em cima de alguma coisa, ele inventou a terra para ficar embaixo. Então ele pensou, e a terra vai ficar com um céu em cima e não vai ficar com nada embaixo não, é? Daí ele foi e botou o inferno embaixo da terra. Ficou bem bonitinho aquele negócio assim azul em cima e aquele negócio assim vermelho embaixo.
No começo a terra só servia para isso. Para ficar embaixo do céu e em cima do inferno. Mas aí Deus pensou assim, agora, que tem a terra, eu tenho que inventar gente pra botar lá. Foi aí que ele inventou a vida. E no que inventou a vida já inventou a morte junto, pois tudo que é vivo, morre."

terça-feira, 4 de maio de 2010

Confusão mental

Na mente conturbada,
A imagem do sagrado
Santo do pau oco
O Grito silenciado
Imagens desvairadas
Numa fusão de cores
Confusão de valores
Para quem lê preto e branco
O mundo é colorido demais
Para ser entendido.


Mais uma vez, os trabalhos de Ulysses inspiram poesia.

domingo, 2 de maio de 2010

"Poesia é a descoberta das coisas que eu nunca vi."

Acabei de ler essa frase de Oswald de Andrade na abertura da segunda parte do livro "Menino do Mato", do escritor Manoel de Barros.

Rotina

O ser humano é feito de rotina. Mesmo aqueles que não gostam, não há como fugir dela na vida cotidiana. Outro dia estava pensando no assunto, e lembrei da viagem que fiz ano passado com minha tia. Com certeza foi uma experiência incrível, que rompeu toda a minha rotida diária. Mas, eis que surge uma constatação em meio às lembranças da viagem.
Turista tem uma vida cansativa, como diz minha tia. Claro que um cansaço maravilhoso, andando por paisagens belíssimas, comendo coisas deliciosas, vendo obras de arte magníficas! E, em meio a todo o cansaço e à toda a bagunça de malas, hotéis, trens, museus, igrejas, passeios, criamos nossa rotina! Incrível, mas verdade. Uma rotina torta, mas ainda assim, rotina.
Acordar cedo, andar, comer na rua. Chegar no hotel mortas de cansaço e agradecer à banheira acolhedora, jantar, anotar todas as fotos do dia (para não esquecer), deitar, ver TV, dormir. No dia seguinte, acordar cedo, andar, comer na rua... dormir. Até chegar o dia da quebra do que já estávamos nos acostumando. Arrumar as malas, pegar o trem, apreciar a paisagem, chegar num outro hotel, dar uma primeira volta pela cidade, e no dia seguinte voltar à rotina. E assim foi, por 1 mês, nessa rotina fora de prumo.
Por mais que façamos algo diferente, buscamos situações recorrentes, que nos amparem, que nos façam sentir um pouco em casa. Situações nas quais nós nos reconhecemos. E, de todas as cidades pelas quais passei nessa aventura, Paris foi a que mais me proporcionou essa cara de aconchego, de lugar conhecido. Creio que a maior razão disso seja o fato de termos passado 11 dias lá, e ainda por cima num apart. Então, um "pequeno mundinho nosso" criei junto com minha tia. Por mais que fizéssemos algo diferente, ainda assim acordávamos todos os dias, comprávamos pão na mesma padaria, passávamos todas as noites pelo mesmo supermercado, mesmo que durante o dia fosse um passeio, um lugar visitado diferente do outro.