domingo, 28 de fevereiro de 2010

Despedida

Hoje fui na casa de uma amiga. Ela vai se mudar da cidade, e fizemos uma reuniãozinha para nos despedirmos. Amigos, bebês e pizzas, muita conversa. Mas no meio de tanta alegria, fica aquela pontinha de saudade antecipada.
Será difícil acostumar com a ideia de ela não morar mais aqui, de não poder acompanhar de perto o crescimento desse menino tão lindo... Mas, como ela mesma disse - gira mundo. E estava na hora de o mundo girar. Só nos resta girar junto, e tirar o melhor proveito disso.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

À mostra

Na transparência do vidro
Escondo meus segredos
Disfarçados de verdades.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sem ventos

Às vezes a calmaria exige mais cautela do que as tempestades...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Noite no coração

Para um novo dia,
É preciso a noite.
Sem estrelas, sem lua.
Sem nuvens, sem chuva.
Apenas noite,
Escura em sua imensidão.
Uma noite de horas, dias, semanas.
Mas uma hora ela se cansa.
O sol desponta no horizonte,
Abrindo novas possibilidades.

Será que a noite é o luto do céu,
Ao ver o dia ir embora?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

À moda antiga

Hoje recebi um presente à moda antiga. Quem mandou? Ulysses, um amigo virtual que acompanha meu blog e possui um blog onde expõe seus trabalhos e suas impressões através de sua visão de artista (xilogravuras e trabalhos em metal).
Em tempos de internet, onde tudo acontece no instante, onde ninguém perde mais do que alguns minutos para escrever um email gigante (de 10 linhas no máximo), recebo uma carta manuscrita, com várias páginas e também 4 gravuras de sua autoria!!! Tive uma grata sensação de importância ao ler a carta. Vi que ele pensou cada palavra ao escrever, pois as palavras foram grafadas à caneta e com mudanças de cor para dar o tom. Assim como suas gravuras, que ele faz com técnicas que não permitem apagar - os acertos e erros ficam registrados no papel, na madeira, no metal - sua carta também registrou cada passo de seu pensamento. E me fez pensar na visão de mundo que ele tem, de alguém que se arrisca sem medo de errar, porque a vida não é feita de rascunhos, mas de arte final, uma obra que não é passada a limpo.
Deixo aqui o meu agradecimento, e com certeza responderei com o mesmo carinho à carta que ele me enviou.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mudança

Esse post escrevo com um pouco de saudades antecipada... O marido de uma amigona minha passou em um concurso numa universidade em Minas e eles vão se mudar. Claro que estou feliz por eles, é o começo de uma nova etapa, com novos desafios, um novo lugar, novos ares e tudo o que essas mudanças provocam. Mas a saudade chega, né? Afinal, não verei mais minha amiga, nem seu bebê lindo de viver, com a frequência que via até hoje! Não acompanharei o crescimento do pequeno tão de pertinho como vinha fazendo. Nem eles desfrutarão da casa que acabaram de reformar e deixar do jeitinho que eles queriam!
Mas, a vida é cheia de acontecimentos inesperados, de ventos que remexem tudo, viram a gente do avesso, tiram o eixo. É bom. Que os ventos que chegaram à vida deles tragam muita alegria!!


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Egoísmo

Meu pensamento
Partirei em dois
Para compartilhar comigo.

Digital

Na mão marcada no papel
Faltou a marca que se deixa na identidade.
Quatro dedos, não cinco,
Sinto muito,
Assim não te sei,
Não te saberei.
Vou eu também esconder o polegar
Na esperança de ninguém me achar.


Ao ver o blog de Ulysses, acabei me inspirando.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pra você guardei o amor

Estou simplesmente apaixonada por essa música do Nando Reis e de Ana Cañas! A letra, a sonoridade, o ritmo das palavras me encantou muito!

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar