quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mais um Ano Novo

Final de ano. Há pessoas que param para pensar como foi o ano, fazer planos para o próximo, tomar decisões. Eu nunca fui esse tipo de pessoa. Para mim, ano novo é apenas uma passagem, uma nova etapa. É claro que eu tenho uma esperança de que as coisas mudem, que o próximo ano seja melhor do que foi o outro, mas não fico analisando, repensando. Até porque a vida não se renova apenas na passagem de um ano para outro; quantos ciclos não foram iniciados, terminados e quantos ainda permanecem?
2009 foi um ano surpreendente. Começou meio torto, com dor no coração. Depois veio a realização de um sonho, com uma viagem inesquecível pelo velho mundo! Quantas paisagens, comidas, pessoas. E no fim do ano o coração resolve bater acelerado novamente.
Não faço planos, mas torço para que 2010 seja um ano de muitas alegrias, e que elas venham para ficar por muito tempo, não apenas para passar umas férias comigo.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fim de ano

Tudo igual, tudo diferente.
Família
Comidas
Companhias novas
Velhas
Novas vidas,
De longa data.
Alegria
Pitada de tristeza.
Esperanças
Renovações
Resoluções
Tudo igual
Tudo diferente.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Caixas

Numa caixa sem pretensão
Presentes passados
Projetos futuros
Cheiros de saudade
Sorrisos da infância
Suspiros de amor
Carinhos de flor
Preciosidades sem valor
Medos aprisionados
Memórias segmentadas
Invólucros encantados.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

cidade

Metamorfose ambulante
Novas ruas criadas
Velhas ruas transformadas.
Para o presente ter espaço
Alguns passados são demolidos,
Outros apenas recordados.
Cores, cheiros,
Letreiros, canteiros
Tamanhos
Caminhos.
Uma desordem regrada
No espaço urbano.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Na praça

Chapéus de palha choram violões
Bocas flauteiam infância
Bateria palpita corações.

Cada árvore, uma melodia
Cada sorriso, uma melancolia
Cada lágrima, uma alegria.

Mãos dadas namoram
Mãos pequenas brincam
Mãos enrugadas recordam.

Os cafés saboreiam
O domingo na praça.

Choro na Praça

Domingo foi dia de festival na praça. O Chorando Sem Parar, que já está virando tradição! Esse ano, os homenageados foram o já falecido Sivuca, e o grande Hermeto Paschoal!
À tarde fui até a praça para namorar um pouquinho ao som do chorinho (e comer brigadeiros de padaria). Encontrei amigos no meio do povo, assistimos um pouco das apresentações juntos até eles irem embora. Continuamos lá por mais um tempo, e ouvi a música "João e Maria", do Chico - ficou muito bonita. Já disse em outro post que essa música lembra minha infância, batendo um saudosismo gostoso.
Bem... fui pra casa, tomei banho, e meus amigos ligaram, falando que estavam na praça novamente. Fui até lá, e meus pais apareceram mais tarde. Meu pai cansou e voltou pra casa, e minha mãe continuou lá comigo.
Digamos que o céu tenha se contido durante todo o dia, mas, ao ver Hermeto, ele não resistiu e desabou. Uma chuva forte, que ensaoiu o dia todo pra cair!
Pois bem... ainda bem que eu estava com minha super sombrinha, pra pelo menos não molhar a cabeça... chegamos em casa encharcadas! Mas valeu! O show estava muito bom!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Chorando sem parar

Domingo, dia de Choro na praça.
Só espero que o céu não se emocione,
E queira chorar também...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Tempo não Pára

Ontem acordei com essa música do Cazuza na cabeça. Então, resolvi postá-la aqui.


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

domingo, 29 de novembro de 2009

Palavras na calmaria

Às vezes é difícil escrever. Não porque não haja assunto, ou porque não haja vontade. Apenas porque as palavras não saem.
E é interessante constatar como o sofrimento gera produção. Muitos dos poemas que escrevi aqui eu fiz quando estava triste ou incomodada com alguma situação, algum sentimento. Claro que também escrevi textos quando estava bem, feliz, alegre. Mas a tristeza é mais comovente, é mais chamativa, mais envolvente. O ser humano gosta de ler sobre a dor, talvez para encontrar conforto, para se familiarizar, perceber que o outro também sente, chora, dói.
Há mais de uma semana sem escrever, senti-me um pouco na obrigação de deixar algumas palavras digitadas no blog. Até porque me incomoda demais o fato de produzir pela dor. Creio que a alegria também é produtiva. Mas acho que a maior barreira de não escrever quando estou bem é o medo de parecer melosa, boba.
Enfim...
Sei que na vida há momentos de felicidade e de melancolia, e no momento estou na primeira opção. Como diz o ditado, "depois da tempestade, a calmaria". No entanto, hoje sinto-me vivendo uma calmaria diferente. Como se o barco seguisse tranquilo, mesmo sem saber seu destino.

sábado, 21 de novembro de 2009

À dois

Tua boca
Meu peito
Minha fala
Teu jeito
Mãos minhas
São tuas
Tua respiração
No meu corpo

Meu carinho te faz cócegas
Depois do prazer.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Entrelinhas

Minha vida é um livro aberto
Apenas escrito nas entrelinhas.

sábado, 14 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios

Uma história real distorcida por Tarantino.
Como todos os seus filmes, esse é sanguinário, bizarro, com muito humor negro.
Uma crueldade requintada e ao mesmo tempo escrachada.
Muito bom!! Assistam!

sábado, 7 de novembro de 2009

Roteiro primeiro

Apresentação virtu(re)al
Para primeiras conversas
À noite um barzinho
Para primeiros olhares
Conversas de mesa
Para primeiros beijos
Grande tela
Para primeiro escurinho.

Um roteiro que se repete
Para primeiros encontros.
Em todo o mundo
Para primeiros romances
E quantos mais se seguirem.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dia diferente

Segunda foi feriado. Hoje também. Por isso, o chefe liberou o pessoal de trabalhar na terça. Fui então com meu primo, sua noiva e mais uma amiga para um parque aquático em Olímpia. Que delícia! O dia estava lindo - céu azul, sol e calor, do jeito que eu gosto. A viagem foi tranquila, até chegarmos à agência de turismo. Depois de comprarmos oos ingressos, pedimos orientação para chegar ao parque. Cruzamos os quatro cantos da cidade até conseguirmos achar o dito cujo!
Chegamos, estacionamos o carro, e vimos muitos carros vindos da mesma cidade que a gente. Feriado prolongado tem dessas coisas, né? Claro que encontramos conhecidos lá! O parque não estava lotado, mas havia bastante gente. Conseguimos aproveitar muito!!!! Como fica numa região de termas, todas as piscinas são naturalmente de águas quentes! Muitas piscinas com toboágua, outra que imita rio - com correnteza e tudo - e outra que imita praia - com ondas! Também tinha a piscina da sonolência, onde você pode ficar esticado em uma espreguiçadeira, semi submerso. Uma maravilha! Super relaxante! Aproveitamos muito, o dia todo!
Decidimos tomar um banho antes de ir embora, mas devo confessar que foi um tanto difícil... Não havia onde colocar shampoo, sabonete, onde pendurar toalhas... nós fizemos um revezamento, enquanto uma tomava banho a outra olhava as coisas e ia passando sabonete e etc para a que estava debaixo d'água. Ah! Detalhe: o chuveiro funcionava como aquelas torneiras de pia que permanecem por um tempo abertas, e depois desligam! Malabarismos mil para tomar banho. Depois disso tudo, pegamos a estrada de volta para casa. Foi ótimo!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Imparidade

Meus anos ímpares tem sido sem par.
Um aprendizado solo,
Numa passagem de apenas dois pés.
Os desejos são muitos,
Porém não mútuos.
O olhar caminha solitário
e as mãos não se abraçam.
Anseio por números que somados
Possam ser divididos por inteiro.
Que não sejam fracionados
Em partes desiguais.
Quero o par, mesmo em anos ímpares.

domingo, 1 de novembro de 2009

Balada Descompromissada

Olhos balançam ao som do pop-rock.
Ouvidos cochicham alto,
Mas algumas bocas não se ouvem.
Lado a lado,
A proximidade distante.
O pop-rock continua
E olhos balançam.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dor de Garganta

Hoje fui ao otorrino. Há uma semana senti minha garganta inflamada (praticamente um ovo de codorna entalado nela - exagerada quase nada, né?). Bem...o fato é que fui ao otorrino. Ele constatou a infecção e receitou o medicamento.
À noite, antes de tomar, fui ler a bula. Sabe, bula não é feita para ler. Afinal, há muito mais reações adversas do que benefícios que o remédio traz. Você cura a infecção de garganta, mas pode ganhar uma diarreia, dor de cabeça, passar mal do fígado, ter coceira, ficar com a pele vermelha, ou até roxa de bolinhas amarelas. E, ainda assim, tem que tomar o remédio, na esperança que ele resolva seu problema.
Fiquei pensando... na vida enfrentamos tantas adversidades, na esperança de um plano ou sonho dar certo... será que não seria a mesma lógica? Muito suor, dor, para um propósito bom? Vale à pena? ALgumas vezes sim, outras vezes não. Mas só percebemos depois de tentar.
Então, engulo o remédio, torcendo para não ir correndo para o banheiro no meio da noite. E para a garganta sarar, é claro.

sábado, 24 de outubro de 2009

Le Fabuleux Destin d'Amelie Poulain

Há uns anos eu assisti a esse filme que se passa em Paris. Acabei de revê-lo. A história de Amelie que, desde criança, deixou a imaginação tomar conta de sua vida. Imaginava as mais diversas histórias para situações do cotidiano. Um dia, ao encontrar uma caixinha escondida num buraco de seu banheiro, sua vida se transforma. Disposta a encontrar o dono da caixinha, ela acaba encontrando muitos outros segredos de pessoas que vivem à sua volta. A vontade de levar um pouco mais de cor e imaginação para as pessoas à sua volta, faz com que Amelie interfira com sutileza em suas vidas. E em sua própria vida.
Um filme doce, meigo, delicado!! Um fabuloso destino, sem dúvidas!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Música minha

Piano de computador,
Com notas que não são ouvidas por ninguém.
Bateria imaginária,
Para sentimentos que não cabem em mim.
Desafinação diária no chuveiro
Para uma platéia de bolhas de sabão.
Violão ritimado no peito

Com canções que vem e vão.

Chocolate

Creme escuro e envolvente,
Para a alma um entorpecente.
Sensualidade e bem-estar,
Sexo do paladar.




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Brinquedo novo

Esses dias deu a louca, e eu resolvi comprar o que à muito tempo queria: um celular novo.
Procurei vários modelos, com a ajuda do meu primo, até que decidi por um modelo cor-de-rosa. Aqui faço uma observação - quem me conhece, e quem observou as cores do meu blog, sabe que eu sou um tanto Barbie... e não me envergonho disso, não - gosto de rosa mesmo.
Bem, voltando ao assunto... comprei no fim da outra semana, pela internet mesmo, paguei e esperei ansiosamente o belezinha chegar.
E eis que hoje, ao chegar em casa na hora do almoço, vejo um enorme pacote na cama! Dentro desse pacote, um pacotinho menor - e o tão esperado celular!!!! Oh! Lindinho!!!!! Eu me senti uma criança! Como é fácil a gente se alegrar com pequenas coisas, né? Agora estou eu aqui, mexendo e remexendo no aparelho, para configurar do jeito que eu quero.


sábado, 17 de outubro de 2009

Dia e noite

Deus criou o dia e a noite. Depois criou o homem.
Mas o homem, em sua sábia ignorância, inventou o relógio.
Tic-tac frenético, que não se importa com sol ou lua, nem com estômago, nem com cama.
Os ponteiros apenas correm, gritando: "Temos pressa! Ande logo!"
E o homem virou escravo dele.
Trabalha, come, dorme, quando o relógio permite.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac, que só para quando a pilha acaba.
Mas não pensem que o homem pára para olhar o dia, sentir o sol, olhar o céu, admirar as estrelas. Ele apenas troca a pilha...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Danças da Vida

Cantiga de Ninar
Transforma-se em Ciranda,
Que, de tanto rodar,
Vira Rock e até Samba.
Do samba vem o Choro,
Bossa Nova no coração.
Ás vezes, vêm em Coro,
Ás vezes apenas solidão.
Há momentos de Salsa,
De doce Merengue e Mambo
Para fazer vibrar o chão.
Mas depois de uma Valsa,
há sempre um Bolero ou um Tango
Como fim de uma canção.




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eu arquitetando

Com riscos no papel
Faço projetos para outros
Mas minha vida vive em obras.

Calvin

Tec-tec-tec pela casa
Latidos e rabo abanando.
Scooby Doo em forma de Salsicha.

Vontade de Amar

Quero um olhar desconcertante
Que me deixe de sorriso tímido
E coração palpitante.

Cansaço

Há 3 semanas que tenho trabalhado praticamente direto, dia e noite e fim de semana. Essa maratona já está acabando, e acabando comigo. Hoje mandei imprimir, cortei e dobrei folhas de projeto o dia todo, e ao final do dia estava extremamente cansada por todos esses dias e com muita dor nas costas. Saí do escritório, fui pra casa, e ao abrir o portão, o cheiro mais confortável do mundo! Minha mãe tinha feito pão!!! Ah, o cheiro doce do aconchego!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Fin(do) Começo

Ponto final.
E, de ponto em ponto,
Teço reticências da minha vida.
Desformo palavras.
Transformo em asas.
Informo a alma.
Tenha calma - no caipira:
Carma. Karma?
Matemática insensata,
Inexata.
Dois vira um. Menos um.
Mais um?
Multiplico vontades,
Divido os medos - um em cada braço.
De quem será meu abraço?
Outra linha.
Chega de frases feitas,
Sem efeito.
Parágrafo. Letra maiúscula,
Com "m" minúsculo.
De letra em letra
Dou meus passos.
A passos lentos
Sigo em frente,
Sem saber o caminho,
Num presente sozinho,
Procurando um futuro
Que não chega,
No aconchego e carinho.
Quando terá fim meu começo,
Para enfim,
Começar meu fim?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Palavras soltas

E de tanto pensar
Tudo se fundiu.
Sentimento, fala, paladar
Num olhar de quem já se iludiu.
Terra, fogo, água e ar
Numa esfera azul anil.

domingo, 27 de setembro de 2009

Almoço de domingo

Hoje foi um típico almoço de domingo de família italiana!
Mesa farta, comida boa, tristeza pós-almoço...
Minha irmã e meu cunhado vieram esse fim de semana, e minha mãe perguntou o que gostaríamos de comer. Sugeri uma carne com molho de cerveja que eu adoro, e todos concordaram. Aí, mais tarde, vendo uma revista de receitas, minha mãe e minha irmã decidiram fazer um risoto também.
Pois bem, o cardápio de domingo:
- salada de folhas, maionese de batatas (como só minha mãe sabe fazer), salada de beringelas
- lagarto fatiado ao molho vermelho com cerveja e azeitonas
- risoto com tomates e manjericão fresco
- abacaxi e sorvete de chocolate de sobremesa

Nem preciso falar que estava divino, né?

domingo, 20 de setembro de 2009

Cegueira Funcional

Cegos funcionais,
Em um mundo de imagens.
Vejo azul, verde, amarelo.
Vejo vermelho, violeta, laranja.
Vejo o arco-íris?
Imagem registrada
Apenas para saber o que é maçã.
E leio: "Isto não é uma maçã".
Ver exige paladar, tato, olfato.
Ver por ver,
Vejo nada.
E, para ver o nada, não preciso de olhos.
Nem de óculos.
Aguço os ouvidos,
Experimento o gosto desconhecido - reconhecido
Atiço o cheiro dos sentidos
E toco minha alma.
Agora vejo tudo.

Vermelho como o Céu

Hoje à tarde assisti a um filme italiano chamado: Vermelho como o Céu.
Conta a hstória de Mirko, um menino de 10 anos, alegre e bastante arteiro e curioso. Um dia, resolveu brincar com o rifle do pai, mas acabou causando um acidente e ficando cego. Na época que se passa o filme, os cegos não podiam frequentar a escola regular, tendo que cursar uma escola especial - um internato religioso. E é pra esse internato que Mirko vai. À princípio muito contrariado, por não enxergar mais e por estar em um lugar estranho, o menino vai, aos poucos, descobrindo uma nova forma de ver o mundo. Com um gravador em mãos, uma amiga e muita imaginação, ele cria várias histórias, e muda a vida do colégio, causando algumas confusões e muita alegria.
Um filme fantástico, que deve ser visto!

Tempo

Tempo passado, presente, futuro.
Uma hora num segundo.
Um dia numa eternidade.
Tempo oscilante,
h-Ora depressa,
h-Ora devagar.
Que oração tenho que fazer
Para que ele chegue exatamente no momento preciso
Do ponteiro do meu coração?
Teria eu que sonhar uma noite em vinte dias?
Ou teria que fazer caber vinte e quatro horas em um minuto?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Trabalho - hora extra

E eu me pergunto...
Pra que dormir, se a gente pisca?

sábado, 12 de setembro de 2009

Infância

Espírito destemido da bolsinha de gato vovó-crochê
Sonhos nas pai-pipas de palhaço, de cometa, que voavam alto, alto
Braços balanço-vovô e seu cigarro escondido
Gibis doces em passeios de tia-domingo
Conforto nos olhos de mãe-bolos-e-pães
Confidências na irmã-sorriso
Conhecimento em cadernos-amigos
Futuro em professor-desenho
Aventuras com primos-brincadeiras
Lembranças de pulos que não me servem mais


Esse post eu escrevi depois de ter visto um post no blog de uma amiga.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Samba da Bênção

Segue a música de Vinícius de Moraes...

É melhor ser alegre que ser triste

Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não

(Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão)

Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

(Feito essa gente
que anda por aí brincando com a vida
Cuidado, companheiro
A vida é pra valer
Não se engane, não
É uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem sem provar
muito bem provado com certidão passada em cartório do Céu assinado em baixo: Deus!
E com firma reconhecida
A vida não é de brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher a sua espera
com os olhos cheios de carinho
e as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida,
como no seu samba)

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Às vezes me sinto andando de Ré, com o freio de mão puxado...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Comendo pela França




Em Grenoble fomos com uma amiga a um restaurante japonês chamado: Sushi me. O nome é bastante sujestivo - vc se senta no balcão, e nele há uma esteira, que sai e chega na cozinha. Por essa esteira, andam vários pratinhos com porções, e cada pratinho tem uma cor diferente, porque cada cor tem um preço. O que me surpreendeu foi um sushi de kani com abacate (sim, abacate), que era maravilhoso!!!
Aliás, nunca comi tantas coisas feitas com abacate quanto na França, principalmente Paris - e todas deliciosas! Comi um sanduíche de frango com fatias de abacate (comprado em padaria) e a entrada mais gostosa que eu comi na viagem toda: meio abacate, recheado com creme de camarões! Delicioso!!!!!
Os queijos também são deliciosos - meu preferido: brie! Super cremoso!
Agora... a mai
or das perdições - os doces! Cada doce espetacular!!!!! Muito gostosos!!!!!

Comendo pela Itália

Como falar dos lugares lindos pelos quais passei e não falar das delícias que experimentei, né?
Pois bem... comecemos pelo que mais cativou meu paladar - os sorvetes italianos! Meu Deus! O que era aquilo?? Devo dizer que são os melhores do mundo, sem dúvida alguma!!! Saborosíssimos, era obrigatório pelo menos 2 bolas por dia! Já as pizzas, devo dizer que as brasileiras são muito melhores! As de lá (pelo menos as que eu via) tinham muita massa e pouco recheio. Agora... as massas... huuuuuuuuuuum!!! Muito, muito boas!!! A que eu mais gostei foi um ravióli que comi em Turim, recheado com carne, e coberto com um molho de queijos e amêndoas moídas! Já dá água na boca, só de lembrar! Os iogurtes de frutas são fantásticos! Apaixonei-me pelo de cereja!!! Cremoso, e com pedaços de frutas, de deixar a gente maravilhado a cada colherada. Pela primeira vez comi damasco fresco - super saboroso!!! Parece um pêssego, mas mais gostoso. Falando em pêssego, vimos um pêssego de forma achatada. Experimentei pela primeira vez framboesas! E cheguei à conclusão que prefiro comê-las em doces do que apenas elas. Agora, uma das minhas maiores alegrias foi ter saído do mercado, em Florença, com um saquinho com meio quilo de cerejas, comendo como se fosse bombons!

sábado, 29 de agosto de 2009

Giverny


Na terra do pintor impressionista a paisagem impressiona.
Os salgueiros-chorões, as ninfeias e todo o jardim, que antes via apenas nas telas de Monet, estavam diante de mim.
A ponte sobre o riacho, as flores em arranjos naturais maravilhosos, evidenciando o que é de fato a natureza em sua essência.
Vendo todas as cores, todas as texturas, pude entender suas pinturas. Como não querer pintar paisagens tão lindas que estão em seu próprio quintal?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sina

Faz alguns dias que estou com essa música na cabeça. Então, vamos lá... um pouco de Djavan para vocês também.

Pai e mãe, ouro de mina
Coração, desejo e sina
Tudo mais, pura rotina, jazz
Tocarei seu nome pra poder falar de amor

Minha princesa, art-nouveau
Da natureza, tudo o mais
Pura beleza, jazz

A luz de um grande prazer é irremediável neon
Quando o grito do prazer açoitar o ar, reveillon

O luar, estrela do mar
O sol e o dom, quiçá, um dia a fúria
Desse front virá lapidar
O sonho até gerar o som
Como querer caetanear o que há de bom

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Proposta (The Proposal)

E eis que quarta passada fui com os olhos de jabuticaba ao cinema.
Fomos assistir a uma comédia romântica, chamada "A Proposta", com a Sandra Bullock.
O filme conta sobre uma canadense que só vive para o trabalho, numa editora americana. E por não ter tempo para mais nada além do trabalho, ela se esquece de preencher uma papelada da imigração, correndo o risco de ser deportada. A menos, é claro, que se case! E é isso que ela anuncia para seus diretores, assim que seu assistente entra na sala para lhe dar um recado. Que eles irão se casar, e que viajarão no fim de semana para casa da família dele, para o aniversário de 90 anos da avó e aproveitarão para contar sobre o casamento.
Chegando ao Alaska (sim, a família dele mora lá, onde nem Judas quis perder as botas), e a confusão está armada!
Um filme muito engraçado, garantia de ótimas risadas! Melhor ainda se estiver em boa companhia!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Em Como

Durante nossa estadia em Milão combinei com um amigo de irmos a Como, uma cidade à beira de um lago, bem pertinho da capital da moda e do design.
A cidade é uma graça! Paisagens maravilhosas, ruas movimentadas por turistas e casas com flores nas janelas. E jardins! Muitos jardins!!!
Claro que também muita água! Um azul vivo, transmitindo uma paz inacreditável. Lago com direito a patinhos coloridos e tudo!
No pier, muitos cadeados. A história é a de que os namorados colocam os cadeados na grade do pier, para mostrarem seu amor eterno. Havia cadeados novos, e alguns que já estavam muito corroídos pelo tempo. O que me fez pensar quantos desses amores ainda estão vivos, quantos já mudaram, floresceram, ou se acabaram.
Um fato meio chato também aconteceu durante o passeio. Estávamos na praça da igreja, olhando as coisas em volta, e como uma boa turista, eu estava batendo fotos. Estava paradinha, olhando para cima, quando ouvi minha tia e meu amigo me chamarem. Olhei para baixo, e vi um cadeirante. Ele olhou feio pra mim, e passou por cima do meu pé. Na hora eu fiquei boba! Que falta de educação! Está certo que ele tem uma dificuldade de locomoção, mas eu estava parada, e ele estava andando. Custava ele desviar de mim? Afinal, a calçada é de todos, e não há exclusividade para esse ou aquele. E também ele estava me vendo, mas eu não.
Óbvio que isso não estragou nosso passeio. Continuamos nossas voltas pela cidade, aproveitando o dia lindo!

domingo, 16 de agosto de 2009

Rendas e Bordados

Durante a viagem, o que mais visitei foram igrejas. De todos os tipos - simples, suntuosas, cobertas de mármores, ouro, pinturas, tapeçarias, mosaicos. Com características ecléticas, medievais, góticas, renascentistas, bizantinas. Em todas elas, a primeira coisa que fazia ao entrar era olhar o piso e o teto. Não havia uma que não tivesse um piso trabalhado, seja em mármore ou mosaicos, e tetos pintados, verdadeiras obras de arte!
Mas duas igrejas, em especial, chamaram minha atenção. Ambas são góticas, mas são muito diferentes.
A primeira, é o Duomo de Milão. Parece uma renda feita de pedra, com suas pontas tentando alcançar o céu. Toda branca por fora, linda, com estátuas e enfeites compondo suas fachadas.
A segunda é a Notre Dame de Paris. Essa parece um bordado. Seus vitrais e suas torres, suas portas entalhadas, as gárgulas, compondo fachadas marcantes e fascinantes. Foi uma emoção olhar para ela pela primeira vez.
Em rendas e bordados, a paz transmitida é imensa e inexplicável. Uma beleza além da beleza, além das fachadas, dos vitrais exuberantes, além da imensidão de seus interiores, de seus altares, de suas imagens. Uma beleza nos mínimos detalhes e nos mais puros sentimentos. Uma beleza além de qualquer devoção, de qualquer crença.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mordomo de banheiro

- Alfredo!!
Não, não é propaganda de papel higiênico. Eu estive em um banheiro com mordomo!
Calma, calma, eu explico!
No primeiro dia que fomos ao Louvre, fomos para escapar da chuva. Já era tarde para visitar o museu, então ficamos na parte das lojas, no subsolo. Como fazia tempo que não íamos ao banheiro, fomos à caça de um. Ao encontrar, vimos que precisaríamos pagar. Até aí, tudo bem, porque a maioria dos sanitários públicos a gente paga para usar. E aquele não era dos mais caros. Mas não era apenas um banheiro - era também uma loja de artigos de higiene. Eles vendiam papel higiênico estampado (não me perguntem para que), sais de banho, essências para perfumar ambientes, e etc.
Continuando a história - pagamos na recepção, e nos dirigimos à ala direita, que era o sanitário feminino (o da esquerda era masculino, obviamente). Ao passar pelo lavatório e ir em direção às cabines, vejo três rapazes uniformizados. Sim! Isso mesmo! Fiquei meio intrigada por alguns segundos, mas logo tudo se esclareceu. Um dos rapazes sorriu, falou boa tarde, limpou a maçaneta e abriu a porta da cabine para eu entrar! Só faltou a bandeja com o rolo de papel higiênico! Ao sair (eu mesma abri a porta, que fique bem claro), lavei minhas mãos, retoquei o batom, e vi os rapazes ali, sorridentes, abrindo a porta para senhoras e moças, usarem o tão nobre trono.
Foi bizarro! E eu só pensava: "o que você faz da vida?" e a resposta: "sou mordomo de banheiro"...

domingo, 9 de agosto de 2009

Torre Eiffell


Teias de ferro confeccionadas por mãos humanas na tentativa de alcançar os céus.
E o que era provisório tornou-se eterno.
A renda metálica na cidade-luz
.

Miséria Globalizada

"Sono povera con due bambini, senza casa e lavoro. Aiutate la mia famiglia con un poco di soldi per amor di Dio. Grazia. Dio vi protegga."
Este bilhete escrito acima foi entregue por uma moça em um vagão do trem, no caminho para Florença. A miséria não diz mais respeito apenas ao terceiro mundo, aos países ditos "sub-desenvolvidos" ou "em desenvolvimento". Ela se globalizou, assim como a informação e o comércio.
Em todas as cidades pelas quais passei vi pedintes. Na Itália, o que mais víamos eram velhinhas ajoelhadas no chão, com as mãos juntas em posição de reza, cabeça baixa e uma canequinha para colocar as moedas. Na França, os pedintes estavam sempre com um cachorro, pedindo dinheiro para ajudar a alimentá-lo. Aqui no Brasil são as crianças que normalmente pedem dinheiro. Creio que cada povo tem sua arma, para tentar comover a sociedade que está cada vez mais insensível.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Filas

Estrada, marginal, buzinas.
Check in, alfândega, cansaço.
Para olhar o sagrado, pagamos os pecados (e o dízimo).
Apreciação da arte após a serpentina de gente.
E a viagem segue,
Com as maravilhas e encantos.
Com turistas de todos os cantos,
E filas para todos os lados.

domingo, 19 de julho de 2009

Cidades seculares

Hoje posso dizer que compreendi a história.
Ao andar por essas cidades, ver suas construções seculares, sentir o clima, apreciar as obras de arte, consigo formar uma imagem mais próxima do que foram os feudos, o período medieval, o renascimento.
Quantas coisas explodiram nos diferentes períodos, quantos pensamemtos, críticas, lutas, política.
Quanta riqueza e quanta pobreza. Quanta garra, quanta farra.
Um novo velho mundo, na visão de quem sempre viveu em outra terra.
Esses dias deixaram a história mais próxima de mim. Um respeito maior pelo sagrado, e uma contestação maior sobre o fanatismo religioso, dada pelo medo. A igreja que transmite a paz, o conforto, a devoção é a mesma igreja que condena, aflige, sufoca, na fala de quem vai salvar das trevas, quando ela mesma foi a treva de muita gente.

Romeu

Em Veneza conheci Romeo.
Brincalhão, de bigodes, belo, grisalho.
Quatro patas.
Tinha apenas 2 meses, mas já era a alegria da casa.
Saindo de Veneza, ficou lá o Romeo.
Em Verona, pensei que me transformaria em Julieta.
Mas na terra do amor descrita por Shakespeare apenas passei.
Continuo a viagem com lindas paisagens
E meu amor-próprio na bagagem.


(texto escrito em 15/07/2009)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Viagem

Sonho. Quantos deles conseguimos realizar na vida?
Quantos deles são realmente válidos em nossa vida?
Acho que nunca terei essa resposta.
Mas creio que aqueles que estão no fundo do nosso coração se tornam realidade.
É o que está acontecendo com um dos meus!
Dia 02 viajarei além mar, com destino ao velho mundo.
Novo velho mundo! História viva, que conheço até hoje apenas pelos livros.
Por causa da viagem, vou me ausentar por um tempo do blog. Mas, com certeza, voltarei com muitas histórias para contar!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

No teatro da vida, um show na praça

Como sempre, as coisas acontecem em nossa vida de forma inesperada.
Minha irmã veio para cá para passar o fim de semana, e comentou dos shows que assistiu na feira do livro em Ribeirão Preto (Toquinho, MPB4 - que delícia!). E estava até um pouco triste, porque queria assistir ao show do Lenine, que iria tocar hoje.
Estava eu no msn, e vi um amigo online. Chamei ele, que respondeu: "Lenine?" Na hora pensei - heim?, mas depois eu lembrei do show. Aí minha irmã aproveitou para pedir carona daqui até Ribeirão, e eu resolvi ir ao show com eles.
Fomos em 5 no carro, conversando e rindo daqui até lá. Chegando ao apartamento da minha irmã, esperamos a amiga dela e mais duas amigas descerem, e seguimos para a praça, mais precisamente em frente ao teatro Dom Pedro II.
No palco aberto, em frente ao imperador, o teatro da vida - a praça lotada, gente de todo tipo e de todas as idades, esperando Lenine. O show começa, e todos vibram. Simpatia em notas cantadas, e a alegria toma conta da noite.
A lua brilhando, acompanhada de estrelas, fez o cenário ficar maravilhoso. Mas, eis que no show, os olhos de jabuticaba brilharam mais do que a lua, e se aproximaram. E o show que já estava bom, ficou ainda melhor.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um pouco de Nat King Cole

Ao escrever o post de ontem, fiquei com uma música de Nat King Cole na cabeça, chamada "Mona Lisa". Então, segue abaixo a letra dela:

Mona lisa, mona lisa, men have named you
You're so like the lady with the mystic smile
Is it only cause you're lonely they have blamed you?
For that mona lisa strangeness in your smile?

Do you smile to tempt a lover, mona lisa?
Or is this your way to hide a broken heart?
Many dreams have been brought to your doorstep
They just lie there and they die there
Are you warm, are you real, mona lisa?
Or just a cold and lonely lovely work of art?

Do you smile to tempt a lover, mona lisa?
Or is this your way to hide a broken heart?
Many dreams have been brought to your doorstep
They just lie there and they die there
Are you warm, are you real, mona lisa?
Or just a cold and lonely lovely work of art?

terça-feira, 23 de junho de 2009

O que esconde o coração?

No meio de um coração cheio, o vazio.
Dia e noite dentro do peito.
Luz, sombra.
Alegria e tristeza,
Numa lágrima dúbia,
Num sorriso dúbio.
Mona Lisa?
Talvez...









domingo, 21 de junho de 2009

Festa Junina

Adoro festa junina! Acho super divertido. Mas ainda não tinha ido a nenhuma esse ano. Então, semana passada, quando estávamos num barzinho, o dono do bar falou para nós que no próximo sábado (no caso ontem) teria festa junina no quintal do bar. Achamos a ideia fantástica, e ontem à noite fomos lá.
Fui com minha irmã, meu cunhado, meu primo, sua noiva e minha amiga, e mais um casal de amigos. Quando chegamos a festa ainda não tinha ninguém. Então resolvemos entrar no bar. Pedi um vinho quente, que estava maravilhoso!!! Minha irmã pediu uma porção de batata-frita e minha amiga pediu um caldo de mandioquinha e um vinho quente também. Meu primo tomou umas cervejas (que aliás, é a especialidade do bar) e meu cunhado também pediu uma. Com isso, fizemos uma hora para esperar a festa encher. Pagamos e fomos para o quintal.
Comemos cachorro-quente, espetinho de morango com chocolate, e o melhor de tudo - chocolate quente! Estava fantástico!! Não era leite com achocolatado - era chocolate derretido, com um pouco de conhaque. Que delícia!
Fora toda a comilança e "bebelança" (dou-me ao direito de um neologismo) ainda jogamos dardos. Meu primeiro tiro foi certeiro. Os outros, em compensação, não foram bons... acabei não levando prenda nenhuma... Aliás, nenhum de nós conseguiu. Mas valeu pela diversão!

Restaurante Japonês

Bem... mesmo em uma semana corrida a gente abre uma brecha, né? Na terça-feira à noite saí com umas amigas para jantar. Fomos a um japonês que abriu há pouco tempo, e nenhuma de nós ainda tinha ido. O restaurante é pequeno, e tem mesas dentro e fora. Mas estava muito frio para ficarmos na área externa, e as mesas maiores já estavam ocupadas. Então, improvisamos com várias mesinhas, para cabermos todas. Depois de mais ou menos instaladas, chega o cardápio, na mão de uma garçonete que, ou devia estar de TPM, ou então era mal-humorada por natureza. Não fomos muito bem atendidas.
As meninas decidiram pedir o festival, onde você paga um fixo, e pede o que tiver nesse cardápio especial (leia-se: restrito). Como eu não gosto de peixe, para mim festival nunca compensa, porque muitas das coisas são com peixe. Nessa hora vocês devem pensar - "essa mulher é maluca! Não gosta de peixe e vai a um restaurante japa!" E então eu explico - eu adoro comida japonesa, mas há várias coisas sem peixe. Como ghyosa (que é uma espécie de pastelzinho com carne de porco), sushi de camarão, de kani, de pepino, de legumes... essas coisas.
Então, pedi uma porção de ghyosa, e uma porção de uramaki (o sushi enrolado com a alga para dentro) de camarão. E de sobremesa, banana caramelada.
A comida estava muito boa. A conversa também. Mas o atendimento deixou a desejar, e o preço era meio salgado. Valeu para experimentar, e para darmos umas risadas.

Semana maluca!

Bem... faz uma semana que não dou as caras por aqui. Mas teve um motivo para isso.
Segunda, logo de manhã, chego no escritório, e o chefe fala: "Já falei com as meninas, e quero ver com você também, da possibilidade de vocês trabalharem umas 2h a mais na semana, e trabalharem também no fim de semana." E eu pensei: "Bom dia para você também."
Ou seja... à partir dessa frase vocês podem imaginar como foi minha semana! Eu chegava em casa, almoçava, e em menos de 1h estava no escritório novamente! Estava elétrica!!!!!! (mas há uma outra razão para essa eletricidade, que explicarei em outro post).
Claro que é melhor termos muito trabalho para fazer, do que estar com o escritório parado. Mas essa loucura também é cansativa! Ainda bem que no fim de semana não precisei trabalhar, mas até sexta-feira fiquei numa certa apreensão.


domingo, 14 de junho de 2009

Água na boca

Esse é um post para deixar vontade e água na boca. Até criei uma nova marcação por causa disso.
Bem, adoro um barzinho, como já falei algumas vezes aqui. E ontem foi dia de barzinho com os amigos. Como é junho, frio, um pouco de clima de festa junina... o bar criou um cardápio especial de inverno. E que cardápio! Para começar, pedi um vinho quente - com maçã picada, cravo e canela. Estava super perfumado, e delicioso! Minha amiga/prima pediu um caldo de mandioquinha, que pelo cheiro estava delicioso, e segundo ela estava fantástico. Meu primo não quis pedir nada, até chegar mais um casal que estávamos esperando. Quando eles chegaram, fomos ao pedido: queijo coalho na chapa com geleia de pimenta, e pão italiano recheado com creme de queijo. Quanto a esses dois pratos, não tenho nem palavras! Estavam excelentes! A suavidade do queijo com o toque doce e picante da geleia. E a massa firme com toda a cremosidade do queijo fundido!
Claro que, para completar, eu pedi sobremesa - um crepe recheado com sorvete de creme e coberto com calda de chocolate!
Creio que já tenha deixado muita gente com vontade aqui, né? Era essa a intenção deste post.

Domingo infantil (?)

Domingo, fomos todos para a casa da Carol.Chegando lá, deixamos as coisas na casa, conversamos um pouquinho, e fomos almoçar. E que almoço!!!!! Um filé à parmeggiana fantástico!!
Estávamos em 8 - todos comeram, e sobrou bastante!
De volta para casa, todos deprimidos de tanto comer (o estado de tristeza já havia passado dos limites), sentamos na sala. Conversa vai, conversa vem... o que fazer. E eis que meu cunhado dá a ideia - "tem o video game, querer jogar?" Topei na hora! O video game deles é daqueles que você faz o movimento com o corpo, para o controle entender o que você quer.
Joguei boliche - já que ainda não consegui voltar à pista real, a pista virtual quebrou um galho; kart - nesse eu realmente agradeço ser apenas um video game, ou então já teria me quebrado inteira!; boxe - pela primeira vez minha irmã e eu brigamos sem meus pais ficarem bravos... hehehe. Passamos mais de duas horas jogando.
Foi um dia muito divertido! Rimos muito, entre socos, lances, jogadas, corridas, quedas e etc. Lembrar da criança que existe na gente de vez em quando é bom!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados

Pela primeira vez, em nove anos, passo o dia dos namorados solteira. Confesso que preferia estar namorando. Mas achei que ficar sozinha seria bem pior do está sendo, de fato. Como diria o ditado: "antes só do que mal acompanhada".
Embora ainda não tenha acabado, posso dizer que o dia foi bom! Estudei um pouco, resolvi umas coisas burocráticas na hora do almoço, e depois fui até a loja de uma amiga. Conversamos por duas horas, e depois fui embora. No caminho de casa encontrei um casal de amigos, que estava indo ver a obra na casa da filha - projeto meu, e fui junto com eles.
Foi um dia totalmente não programado e surpreendentemente bom!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Calvin

Há tempos que eu queria escrever um post sobre o Calvin, meu cachorro - um teckel (ou salsichinha, como é conhecido). Demorei porque não sabia exatamente o que colocar aqui. De qualquer forma, vamos lá.
O Calvin veio de um canil para mim, aos dois meses, em outubro de 2006. Veio cheirando bebê, e cabia na palma da minha mão, de tão pequeno. Preto e canela, a coisinha mais linda! Foi amor à primeira vista! Logo que peguei ele no colo e olhei pra ele, ele começou a me lamber! Não tinha como eu não ficar com aquele filhote fofo!! Nessa época morava fora, e lá ele passou seus primeiros meses de vida. Quando voltei para a minha cidade, ele veio comigo, claro! Desde filhote, ensinei o pequeno a dar a pata, a sentar, a deitar, ficar em pé, deixar (quando não é para ele pegar algo)... coisinhas básicas. E ele aprendeu direitinho! E isso virava festa, né? Todos queriam ver ele sentando e etc...
Duas coisas que sempre me impressionaram nele são: o equilíbrio que ele tem e os pulos que ele dá. Ele consegue ficar em pé, sobre as patas traseiras, durante um bom tempo! E toda vez que ele quer ver algo que está fora do seu alcance, ele fica em pé, para tentar enxergar - até parece um canguru quando fica assim. E os pulos que ele dá são absurdos! Ele salta da cama, do sofá, e até de lugares mais altos. Claro que não deixamos ele em locais mais altos exatamente porque é perigoso para ele. Mas, um dia que eu estava dando banho no tanque, ele resolveu pular - e conseguiu! Aí toca eu sair correndo atrás dele, que estava todo ensaboado! Nessas horas acho que ele é um gato.
Além disso, outra coisa espantosa é o gosto que ele tem por frutas, verduras e legumes! A dieta alimentar dele é ração, mas sempre que estamos comendo frutas, ou quando ralamos cenoura, ou cortando alguma fruta ou verdura para o preparo da nossa refeição, ele vem feito tiro, pedindo! Ele come banana, caqui, maçã, uva, morango, alface, manga, melancia, melão, pêra, cenoura... enfim... muita coisa. Essa é a hora que eu acho que ele é um macaco. E, todos os dias, depois do jantar, ele come um biscoito canino. É totalmente louco por isso!!! Se esquecemos de dar pra ele, ele nos olha, e olha para o local onde guardamos os biscoitos - e lambe o focinho, chora, roda, late, e olha para os dois novamente.
Adora brincar! Quando ele quer, pega o osso dele, e coloca no nosso colo, para que joguemos e ele vá pegar. Aí, ele traz novamente, coloca no colo, e finge que não está vendo. Quando ameaçamos pegar, ele morde o osso e não deixa. Aí, quando tiramos a mão, ele coloca a cabeça no colo, e olha para o outro lado, como se dissesse :"olha, eu não estou vendo, pode pegar".
E sempre, sempre, faz companhia! O tempo que estou em casa ele está comigo, deitado perto de mim, ou no meu colo.
Como faz bem ter um bichinho desses na nossa vida! Tantas alegrias, tanto amor, carinho!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Bêbado e a Equilibrista

Essa é uma música que adoro! Como tenho cantado ela há alguns dias já, resolvi postá-la aqui.

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco!
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram marias e clarisses no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser
inutilmente
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
tem que continuar

domingo, 7 de junho de 2009

Home, sweet home

Hoje percebi o significado da expressão "Lar, doce lar".
Durante a tarde minha mãe fez duas roscas doce, uma delas para levar para o meu tio à noite. Senti aquele cheiro gostoso saindo da cozinha e vindo em direção ao quarto quando elas assaram. Então, minha mãe veio com um pedaço quentinho para eu provar!!! Hummm!!!!
À noite, fomos à casa do meu tio. E senti a expressão "Lar, doce lar" tomar conta de mim quando cheguei em casa. Ao abrir a porta da sala, o cheiro delicioso da rosca estava lá, para nos receber. A casa com cheiro de carinho, de aconchego. Senti a casa me abraçando, de uma forma muito agradável.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Volere, Volare

Volere.
Volare.
Querendo e voando sigo na vida.
Às vezes, querendo mais que voando.
Outras vezes, voando quase sem querer.
Volere, volare.
Os vôos me levam a desvendar o mundo.
O querer muitas vezes me afasta desse mesmo mundo.
O querer sem voar pode me fazer nunca sair do lugar.
O voar no querer pode me fazer cair.
Quem não quer, não sente sabor na vida.
Quem não voa, não sente a liberdade.
Por isso, vivo querendo. Vivo voando.



terça-feira, 2 de junho de 2009

Inverno de outono

Hoje eu estava pensando em escrever sobre a minha aula de dança. Mas, o frio é algo mais urgente a ser comentado!
Pois bem... devo dizer que estamos num inverno em pleno outono. A temperatura está baixa, o ar está gelado, as cobertas não são suficientes. Os cachecóis saíram do armário, os casacos também. Duas meias em cada pé, em vã tentativa de me aquecerem. Já sou friorenta por natureza, e esse clima não está ajudando em nada!
De manhã, ao sair para o trabalho, a paisagem tem uma leve neblina, resquício do frio da madrugada. O sol aparece no fim da manhã, apenas para iluminar o dia e lembrar que ele está lá. Até ele fica inibido com tanto frio, e não aquece como antes. Mas o frio traz seus encantos também -
os ipês estão floridos e maravilhosos e o céu tem um azul forte e impressionante! As estrelas ficam extremamente brilhantes e a lua vira o encanto da noite!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Frio, amigos, chocolate quente e torta!

Quem me conhece sabe que adoro o calor, céu azul, sol, noite estrelada! Não gosto de frio. Mas prefiro o frio à chuva. Como já estamos em maio, o frio já está chegando, a ponto de eu tirar meus cachecóis do armário... os casacos também.
O frio traz um ar elegante. Botas, casacos, cachecóis... agora... melhor que a elegância, o frio traz comidas e bebidas deliciosas!!!!! (Na verdade acho que temos é mais fome no frio, e também vontade de nos manter aquecidos).
Bem... sábado fui com uns amigos a um café. Como sempre, dou muita risada ao sair com eles! Tem sempre alguém fazendo piada, ou contando das peripécias que fizeram. Como eu não tomo café, pedi um chocolate quente. Mas não era apenas um leitinho quente com achocolatado, não! Era um chocolate quente cremoso, com licor de avelã e bastante chantilly!!!! E devo dizer que estava maravilhoso!!!!! Logo depois bateu a vontade de comer doce - melhor dizendo, torta! Pedi uma torta de damasco, mas, como não tinha mais, acabei me contentando com uma torta de limão. Pouco tempo depois, chega a torta. Um pedaço gigante!!!! Achei que não fosse dar conta! Mas, claro, a fominha aqui comeu tudo! E estava fantástica!!! Massa fininha, um creme mousse de limão e suspiro por cima! ai, ai... já dá água na boca!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Desabafo profissional

Por que algumas pessoas sempre acham que para construir não é necessário contratar os profissionais certos? Arquitetos e engenheiros não são luxo. Sabe aquela propaganda do mico (de uma empresa que vende tubos de PVC), onde o barato sai caro? Pois é verdade!
O arquiteto estuda durante 5 anos para se formar. Estuda projetos, história, estrutura, etc, etc, e não à toa! E, depois de formado, o arquiteto tem sempre que se atualizar, estar por dentro das novidades tecnológicas, para saber qual o melhor material a ser empregado, qual tem a melhor relação custo/benefício.
Ao contratar o arquiteto, você tem em mãos um projeto pensado e elaborado de acordo com suas necessidades, e um orçamento certo de quanto vai gastar.
No entanto, o que vemos com frequência é a pessoa contratar um pedreiro, ou um mestre de obras, e fazer a construção ou reforma sem um profissional, sem um projeto detalhado. Não estou falando que o pedreiro não é bom, mas cada profissional na sua área, sem atrapalhar o outro. Afinal, quando estamos doentes consultamos um médico, não um enfermeiro, né? Todos têm sua importância, mas cada um no seu lugar - ou, como diria a pseudo-música: cada um no seu quadrado.
Outra coisa que me chateia muito é a falta de confiança no profissional. A pessoa escuta o pedreiro, a mãe, a faxineira, o vizinho e até o cachorro, mas, quando o arquiteto fala, parece que é mentira! O arquiteto falou que precisa fazer assim. Aí o cliente vem: "eu falei com o pedreiro, e ele disse que tem que ser assado...". Aí o arquiteto vai e conversa com o cliente e o pedreiro, e mostra como tem que fazer. Novamente, o arquiteto fala uma coisa, e lá vem a frase: "porque eu estava conversando com o meu vizinho, e ele disse que na verdade...". Caramba! Mais uma vez, eu digo: nós passamos 5 anos estudando para nos formar! E pela formação entendemos que é o atestado que podemos projetar!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Divórcio

Tudo começou em 2000. Em 2006 começamos a ver os preparativos para a cerimônia, em 2007 formalizamos, e dois meses depois acabou. Sim, acontece. Falando assim parece banal, mas não foi. Sofri muito, e fiz 1 ano de terapia. Digo uma coisa... se casar dá trabalho, separar dá duas vezes mais! E não estou brincando! Demoramos 1 ano para ajeitar tudo para casar. E 2 anos para separar e divorcar! Quanta burocracia!
Enfim... Ano passado assinamos a separação, mas tínhamos que esperar mais um ano para assinarmos o divórcio. E, hoje, finalmente, foi dado o ponto final nessa história. Assinei o dito cujo.
Brinco que minha vida, de dois anos para cá, é imbatível para qualquer autor de novela ou roteirista de filmes! Escolha o gênero, e eu narro o trecho! Quer comédia romântica? Quer drama? Quer contos de fadas? Quer suspense? Final triste? Final feliz? Tem para todos os gostos! (só não me venha com faroeste, porque aí também já seria demais!).
E, como não poderia deixar de ser, claro que o final disso tinha que ser cômico. Dizem que não existe ex-sogra. Pois hoje eu provei que existe! De papel passado e tudo! Acontece que o ex em questão não pôde vir, e passou uma procuração para a mãe dele assinar em seu lugar! Pois é! Eu me divorciei da ex-sogra! hehehehe
E como estou com tudo isso? Estou muito bem! Uma certa euforia, alegria, leveza. Uma sensação boa, de que o livro acabou, para começar um outro muito melhor! O passado finalmente ficou em seu lugar, incluindo tudo o que vivi nesse período.
Agora sim, posso dizer que a história é uma página virada. Nova folha, parágrafo, letra maiúscula. A única coisa que permanece comigo disso tudo é o carinho, o respeito e a amizade de pessoas maravilhosas que convivem comigo! E, claro, a experiência, o amadurecimento (ainda que forçado), a serenidade, a alegria de viver - porque a vida é bela demais para chorarmos pelos cantos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Nostalgia

Hoje acordei alegre, sem nenhum motivo. É bom quando acontece isso, né? Já no escritório, ao checar e-mail, orkut, essas coisas, uma surpresa. Amigos de faculdade colocando fotos dessa época! Abri os álbuns, e fiquei me deliciando com as fotos! Viagens, trabalhos, encontros... Um clima de nostalgia tomou conta de mim naquele momento. Uma saudade gostosa, de ver tanta coisa que passamos juntos! Lembranças das risadas, das confusões, dos amigos!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Vá com os anjos, vá em paz...

Hoje o irmão de um amigo meu foi encontrar os anjos no céu. Um jovem de 17 anos, que foi embora antes do que esperávamos. Deixo aqui meus sentimentos à família, através da música "Love in the Afternoom" do Legião Urbana.

É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais.

Quando eu lhe dizia:
"- Me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada."
Você sorriu e disse:
"- Eu gosto de você também."

Só que você foi embora cedo demais

Eu continuo aqui,
Com meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer.

Vai com os anjos! vai em paz.
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez.

É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais

E cedo demais
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer.

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que este ano
O verão acabou
Cedo demais.

Festival Japonês

Esse fim de semana teve festival japonês na cidade. Fui ontem com o Dani e a Lika para prestigiar, já que era um amigo deles que ajudou a organizar o festival.
Estava uma graça! Muito bem organizado, com algumas barraquinhas de comidas e outras de artesanato, origami. Músicas japonesas - para mim, um tanto quanto estranhas, já que não ouço esse tipo de música - e danças também.
Claro que eu não poderia deixar de comprar um giyoza para comer!!!! É o meu prato japonês preferido!!!! E também comprei uma bandeja de sushi de legumes. Aqui vem uma ressalva: adoro comida japonesa, mas detesto peixe! Sei que vocês devem achar no mínimo estranho, mas é verdade - há muitas comidas japonesas que não vão peixes!
O Dani não quis comer nada, e a Lika pegou um yakisoba e um tempurá de sorvete que, segundo ela, estavam uma delícia!!!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A vida se despede em horas inesperadas

"Alguma coisa está fora da ordem...". Infelizmente nem sempre a vida segue de acordo com o que esperamos.
A gente aprende na escola desde pequeno: o indivíduo nasce, cresce, desenvolve-se, reproduz-se, envelhece e morre. Mas, e quando essa ordem natural é quebrada?
A gente fica meio sem saber como agir, sem saber o que pensar...
Pois hoje essa ordem natural foi quebrada, e um rapaz que a gente achava que tinha toda a vida pela frente agora descansa em paz.
"Alguma coisa está fora da ordem..." da ordem que nós estabelecemos. Mas nossa ordem é muito pequena, se comparada à ordem que rege todo o universo, e que tem seus escritos em linhas tortas...
Resta-nos pedir para que, onde quer que ele esteja, que esteja em paz. E resta-nos pedir para aqueles que ficam, a paz necessária para passar por essa fase tão difícil.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Na dança do ventre, as pernas sentem...

Bem, como toda terça-feira, hoje foi dia de dança do ventre.
E, como se não bastasse o básico egípcio, o bala de dois, o oito egípcio e todo o resto (estou falando grego? Não, é árabe mesmo... e, assim como o grego, eu não entendo), ainda temos que fazer os passos com algumas dificuldades no caminho.
Hoje fizemos o oito egípcio e um outro oito que não lembro o nome. E vocês se perguntam - que diabos é isso? E eu respondo - é auto-conhecimento!
Agora, piadinhas à parte - apesar de eu achar que a professora adora tirar uma com a nossa cara toda semana, vamos explicar o que é o oito egípcio. Posicione-se em pé, perna direita um pouquinho à frente da esquerda. Agora, desloque seu quadril lateralmente para a direita e depois suba o quadril em direção ao centro e volte à posição inicial. Pronto, você acabou de desenhar um "C" com o seu quadril, e isso chamamos de oito egípcio. Mas "C" não é oito, né? Pois é... é que fazemos o "C" dos dois lados do quadril, dando um movimento sinuoso e bonito (quando bem feito. No momento, ainda tenho a elegância de uma ema), que lembra as ondas do mar.
Agora, como se não bastasse isso, acrescentemos uma dificuldade: faremos o oito egípcio descendo e subindo. Como uma amiga disse, é praticamente a dança da garrafa, adaptada para o árabe. Então, quadril para um lado e para o outro, e o corpo descendo e subindo. O movimento fica como o de uma serpente! E, novamente, fica lindo, quando bem feito! Sei que dez minutos depois minhas pernas estavam mais bambas que caule de bambu!
Quero só ver amanhã para ir trabalhar...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vidas!!!!

Beatriz - uma das canções mais lindas do Chico
Embalada pelos novos papais.
Felipe - como todos que têm esse nome,
É arteiro desde pequeno.
Duas vidinhas lindas, que já encantam todos ao redor!
Muita saúde, paz, amor e alegria para vocês, pequenos!


sábado, 2 de maio de 2009

Balões

Hoje o céu estava meio encoberto. Num dia comum, seria um céu que passaria despercebido, apesar da beleza das cores formadas pelo sol batendo nas nuvens, e do azul celeste maravilhoso nas áreas descobertas.
Mas, o céu de hoje serviu de cenário. Um cenário perfeito para todo o colorido dos balões!!!
Não sei quantos ao certo - talvez 15, talvez um pouquinho mais. Simplesmente fantástico!!!! Ao olhar para cima, balões criando uma dança no rítimo do vento. Um pra lá, dois pra cá, numa melodia perfeita!
A magia despertada em nossos olhos, vinda de cada ponto colorido que passou por nós.
Uma alegria gostosa, de uma pureza infantil. Alegria por nada, apenas por ver balões no céu.

Júlia

Na fragilidade do corpo recém-saído do ventre,
A força da alma pequenina.
Dias duros para quem queria apenas nascer.
A vida mostrou desde o início que não é fácil.
Mas Júlia mostrou a todos que é menos difícil do que parece.
Abriu os olhos e enfeitiçou.
Sorriu, e desarmou a carranca à sua volta.
Dia-a-dia, orquestra, em seu ritmo alegre,
Toda a magia infantil.
Em cada gargalhada,
Cada suspiro,
Cada lágrima,
Júlia mostra o maravilhoso mistério da vida.

A dança e o auto-conhecimento

Já disse no outro post que a dança do ventre é para mim um auto-conhecimento.
Pois na aula dessa semana tive uma surpresa! Logo no começo da aula, durante o alongamento, a professora pediu para que girássemos o tornozelo, formando um círculo. Começamos com o pé direito, girando para um lado. Lindo, perfeito. Então, giramos para o outro lado. Hum... então... giramos? Não!!!! Descobri que não tenho coordenação para girar meu tornozelo direito para os dois lados! Tentei, mas não consegui! Depois fizemos o mesmo com o outro pé, e foi tudo certo. Com o pé esquerdo fui mais eficiente, hehehe.
Bem, então começamos a aula, de fato. Ela nos ensinou a fazer um "C" com os quadris. Isso mesmo - um "C"!! Em posição reta com o corpo, você joga o quadril para a lateral. Então, sobe o lado deslocado, e volta com o quadril para o centro, desenhando um "C". Simples! Mais simples impossível. A cabeça entendeu perfeitamente. Agora, quem disse que o quadril entendeu?

domingo, 26 de abril de 2009

Teletransporte

Algumas vezes penso que seria ótimo se houvesse o teletransporte. Pensou? Poder se deslocar em segundos para lugares distantes? Apenas focar o pensamento e pronto! Em um piscar de olhos o lugar desejado! Não haveria distância para o amor - um poderia trabalhar em uma cidade e o outro na outra, e não haveria problemas. Os filhos poderiam estudar em qualquer lugar, a casa poderia ser em qualquer lugar. A diferença espaço/tempo ficaria ridiculamente pequena.
Mas, ao mesmo tempo vem o pensamento contrário, de que o teletransporte. seria um problema... imagine, quantas pessoas não gostariam de ir a um mesmo lugar na mesma hora? Fugiríamos de um congestionamento nas ruas, para ter um congestionamento com a força do pensamento!?! Amantes querendo se ver poderiam se desencontrar, caso um fosse ao lugar que o outro deveria estar e vice-versa. Outros lugares passariam despercebidos, não sendo destino de ninguém...
Um meio termo, então, que tal? Deveria haver um teletransporte organizado. Combina-se onde ir, para não haver desencontros. Marca-se hora para não haver congestionamentos. Mas, com isso, começa uma burocracia sem fim. Então, melhor que não haja teletransporte mesmo.
Até porque, se houvesse, perderíamos o que muitas vezes é mais interessante que o próprio destino da viagem: o caminho. O tempo se deslocando pelo espaço (ou o espaço deslocando-se no tempo?), pensando na vida, pensando bobagens, ou simplesmente não pensando em nada... apenas observando a paisagem, sentindo os cheiros, vendo sorrisos e lágrimas. Sentindo a brisa enquanto andamos, sentindo o frio, o calor, sentindo a vida que segue, tão bela, tão mágica, tão surpreendente.

Costelinha

Aos fins de semana, quando minha mãe está preparando algo especial (e ela cozinha extremamente bem), ela sempre pede para a gente experimentar, para ver se não está faltando sal, tempero, essas coisas. Na verdade, acho que ela gosta é de torturar a gente até a hora do almoço.
Primeiro, vem aquele cheiro de cebola refogando, temperos... depois, um cheiro de bebida sendo colocada para ferver, só para dar aquele gostinho a mais na carne. Em seguida vem ela, com um pedaço da perdição espetado no garfo, para eu experimentar.
Nessa hora, o Calvin fica todo eufórico. Nunca demos comida para ele, mas mesmo assim, ele tenta. Afinal, tentar não custa nada, né? Vai que algum dia um pedaço de carne cai do garfo? Ele fica todo espevitado, lambendo o focinho e choramingando. Mas nada disso adianta.
Voltando... minha mãe hoje estava fazendo costelinha de porco. O cheiro, como falei acima, estava de matar! Muito bom!!!! Então, ela veio com o pedaço de carne, e o Calvin em cima. Experimentei, e claro que estava fantástica!
Uma meia hora depois o almoço ficou pronto. Aí foi só saborear a costelinha de porco regada com muito limão... ai, ai...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pato Donald

"Lá vem o pato,
Pata aqui, pata acolá.
Lá vem o pato,
Para ver o que é que há..."
Bem, estou nos meus dias de pato Donald...
Como assim? Simples. Estou gripada, e minha garganta está doendo.
Estou rouca, perfeita imitação do pato da Disney!

domingo, 19 de abril de 2009

Bolhinhas de sabão

"Sentada na calçada de canudo e canequinha, splet, splim,
Eu vi uma menininha, splet, splim,
Fazendo uma bolhinha, splet, splim,
Bolhinha de sabão"

Vocês devem estar se perguntando - o que raios essa pessoa está escrevendo??
Tirei essa música do fundo do baú, por causa de um aniversário - e não foi aniversário de criança.
Uma das meninas que faz dança do ventre comigo fez aniversário esses dias, e ontem teve festinha. Mas, para tornar a festa mais divertida, a mesa foi enfeitada com uma toalha da Moranguinho, papéis cor-de-rosa, e potinhos com argolinhas para fazer bolhinhas de sabão.
A comida estava uma delícia, vários salgadinhos, mini-pizza, e o bolo... ah, o bolo... fantástico!!!
Mas, voltando às bolhas de sabão... teve uma hora na festa que todos estavam fazendo as bolhinhas! Uns faziam muitas pequeninas, outros tentavam fazer as maiores bolhas, e um clima infantil pairou por um tempinho.


sábado, 18 de abril de 2009

Reforma

Reforma.
Pilares em pé,
Porque a estrutura deve ser mantida.
Mas algumas paredes somem,
Por já não haverem mais razão de existir.
Criam-se janelas,
Fecham-se portas,
Abrem-se outras.
Tubulações levando sangue para o corpo.
Corpo igual. Diferente.
Há algo novo.
Um novo espaço aberto no coração,
Para ser preenchido de outra forma,
Por outra pessoa.
Nova pintura,
Nova mobília,
Nova (de)coração.
Novas energias,
Novos ares,
Novos lares.
Infinitas casas em mim
Quebra-quebra
e mudanças sem fim.



Tudo Novo de Novo

Hoje começou uma nova série na TV - "Tudo Novo de Novo". A série trata de pessoas comuns: ela é arquiteta, separada duas vezes, com dois filhos; ele é engenheiro, separado e com uma filha. Ambos se conhecem por causa de um trabalho em comum, e começam a se relacionar.
Quase no final do episódio de hoje, ela fala para ele mais ou menos assim: "Às vezes sinto que estou sempre em reforma. Tenho uma placa em mim, escrita: Mulher em obras."
Achei a frase boa. E aplicada a todos nós, afinal, que somos nós senão eternas reformas? Algumas são fáceis, outras não. Algumas demoram minutos, outras uma vida inteira. Reformas boas ou traumáticas, e com surpresas pelo caminho. Algumas fazem a história tomar outro rumo, enquanto outras saem do jeitinho que foram planejadas. Algumas geram desgastes imensos, outras são prazerosas pelas mudanças boas que trazem.
Por isso, posso dizer que sou uma mulher em obras (ad eternum).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

What?

Nothing, but this:
Speechless.
In fact, I don't have anything to write...
But I feel like writing.
So, as I'm feeling that way,
I write these non-sense words
As the world is right now:
Unconscious, somehow.
Funny ironic world,
reported with crazy words.
Do these words make any sense to you?
Neither to me.
But, still, the words exist. As the world.
And as all the odd contained in each one.


Preguiça

O corpo se arrasta,
Escorre-se pelo chão,
Derretendo-se a cada passo.
Movimentos lentos...
De-va-gar...
Quase parando...
Parei...
Cansei...
Cansou do que?
De não fazer nada...
Nadica...
Então faça alguma coisa.
Estou fazendo, oras...
O que?
Descansando...

domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa em Ribeirão

Hoje fui pra Ribeirão com meus pais, almoçar na casa da minha irmã.
Saímos cedo daqui, para chegarmos com tempo. Perto de 12h fomos à pé para o restaurante, que é famoso por seus filés à parmeggiana!!!(hum!!!) Chegando lá, havia uma fila enorme... minha irmã então perguntou para o garçom se havia como enocmendar para levar, e o garçom falou que sim, que aí era rapidinho. Então ela entrou, e pediu o filé pra viagem, para 4 pessoas. Menos de 5 minutos depois (sim, isso mesmo!!!) entregaram a comida e fomos para o apartamento. Gente! Estávamos em 6 pessoas, comemos bastante e ainda sobrou carne!!! De sobremesa tomamos sorvete!
A tarde passou, e pegamos a estrada de volta pra casa. Em um trecho, já bem perto daqui, pegamos chuva, mas ao olhar para o lado, o céu estava razoavelmente limpo, e o sol estava se pondo. Uma cena linda, poética... o céu chorando de um lado, o sol sangrando no horizonte do outro.

reflexões sobre uma frase...

O filme me fez pensar em uma coisa... há uma parte em que dizem que o sexo pós-briga é muito bom, mas só sabe disso quem já experimentou. Sabe... nunca tive sexo pós-briga, pois meus relacionamentos não tiveram briga enquanto duraram. Talvez essa seja a razão de não terem durado. Não estou falando que a relação deve ser um pé de guerra. Mas creio que uma briga de vez em quando serve para o casal crescer... serve para entender o que se passa com o outro, e para dar a chance de se entender enquanto casal.
É estranho isso... as pessoas se dão ao direito de brigar com os pais, irmãos, amigos, mas quando a briga é com o outro da relação, há um receio... talvez um medo de perder, de ser abandonado. E não brigam. Acabam acumulando mágoas e irritações, que por menores que sejam , existem. Até que chega uma hora que as mágoas e irritações se acumulam de um tanto... e então o medo de perder desaparece, pois o incômodo é maior que o sentimento. Nessa hora o relacionamento acaba... Talvez pela falta de briga, medo de enfrentar o medo. Medo da exposição de si mesmo, na verdade crua de quem fica irritado, bravo, nervoso. Medo do outro não gostar de você ao mostrar seus defeitos escancaradamente. Quando na verdade o outro já sabe dos seus defeitos.
Afinal, como já disse (ou devo ter dito, não lembro) em outro post, o real gostar se percebe nos detalhes. Gostar de uma pessoa nos dias alegres, na simpatia, nas declarações, na bebida com os amigos é fácil. Agora, gostar da pessoa também nos momentos ruins, nos defeitos, é gostar realmente. É saber que haverá dias de tristeza, de irritações, palavras erradas, e mesmo assim a vontade de estar com essa pessoa não passa.
Gostar de verdade é preferir brigar com a pessoa e poder fazer as pazes com ela depois, do que não brigar e terminar. O não brigar é carregar um peso desnecessário sozinho. O brigar pode significar dividir esse peso, a fim de achar uma solução para exterminá-lo.
Não quero afirmar que uma briga é a solução de uma relação, afinal o ideal é que as pessoas se entendam no diálogo, sem brigas. E também porque briga demais gera apenas desgaste. Mas sua ausência total pode barrar uma evolução do casal; a chance de se conhecerem em momentos de tensão e de fazer com que eles se respeitem e se gostem em qualquer situação (não apenas nas trocas de carícias e declarações).

sábado, 11 de abril de 2009

Muito Bem Acompanhada

Assisti hoje ao filme: Muito Bem Acompanhada.
Como toda comédia romântica, há sempre uma mocinha e um mocinho, um deles sofrendo por causa de um amor frustrado e uma situação cômica que norteia a história.
Pois a situação desse filme é a seguinte: a meia-irmã da mocinha vai se casar, e o ex da mocinha estará lá. Como ela não quer chegar sozinha ao casamento e está sem namorado, ela contrata o serviço de um acompanhante. O filme é óbvio, e vocês já devem imaginar o final, mas as risadas garantidas ao longo de toda a história torna-o muito divertido!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Contradi(cora)ção

O vazio em cheio no peito,
Buraco tapado com o nada.
Coração bate sangrando
Doendo, pulsando.
O vácuo toma conta do que um dia foi sentir.
Coração bate.
É preciso bater...
Amigos amparam, dando força ao invólucro de algo tão frágil.
Coração bate sereno,
Abatido, triste.
O buraco ainda está lá, preenchendo-se como pode.
Acontecimentos fantásticos surgindo, porque a vida é assim.
Coração bate eufórico,
Misturado de realização e frustração.
O vazio meio cheio.
O cheio meio vazio.
Coração bate esperançoso,
Forte por sua fraqueza.
Tem-se tudo.
Tem-se nada.
Por contradição, bate.
Acelerado por tristezas ou alegrias,
Bate porque é vivo, e nada mais.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dança do Ventre 3

Semana passada fiz uma poesia à respeito da dança do ventre.
Pois bem... essa semana a aula foi o samba do crioulo doido!!
Começou calminha até, com a prof ensinando movimentos de braços e mãos.
Pensei: legal!! E os braços e mãos se mexendo dão um jogo muito legal no corpo, é delicado e fica bonito de ver.
Mas, como tudo que é bom - no caso, fácil - dura pouco... a prof resolveu colocar a música para dançarmos. Detalhe: deveríamos coordenar movimentos das pernas, peito, braços e mãos.
Resultado? 4 loucas se mexendo de uma maneira completamente descoordenada!!!!! A mão não entendia o que o braço fazia, o braço bagunçava com os movimentos das pernas, e o peito não sabia se mexia ou não!
Foi, no mínimo, engraçado!
Mas, como todos dizem: vamos dar tempo ao tempo!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Boliche 3

Bem, todos sabem que adoro boliche.
E fazia um tempo já que não jogava. Pois sexta coloquei na cabeça que iria jogar no fim de semana. Para tanto, precisava achar companhia, pois boliche tem graça assim, com bastante gente. Então vamos lá. Recado no msn, para todos verem. Um amigo topou! Ufa! Mas ainda precisávamos de mais gente! E o amigo se encarregou muito bem disso!
Fomos em 6 - dois amigos com as respectivas namoradas fofas, um amigo do amigo e eu.
Que divertido!! Jogamos umas 4 partidas, num total de 2h30. Um dos amigos eu não via já fazia quase 10 anos!! (isso assusta! E nem venham falar que estou velha!).
Mandei bem! Não fiz quase strike, mas minha pontuação girava numa média de 8 pinos. A namorada de um deles jogou muitíssimo bem também! E um dos amigos conseguiu fazer 3 strikes seguidos!! Unbelievable!
Tudo bem que hoje estou com três dedos doloridos... mas valeu muito!!!!

domingo, 5 de abril de 2009

Conversa de mudo

Hoje de manhã tive uma sensação incomum.
Estava conversando com uma pessoa em um chat, e então essa pessoa ligou o microfone, e eu continuei no teclado.
Aí veio a sensação estranha. Como ele falava e eu escrevia, senti-me uma pessoa muda. Ficamos um tempo assim, até que o som começou a falhar, e ele voltou para o teclado. Aí conversamos como estou acostumada, no falatório digitado.

A Outra

Como comentei no post anterior, ontem assisti ao filme: A Outra.
Trata-se da história de Henrique VIII, rei da Inglaterra. Melhor dizendo, das irmãs Bolena - Mary e Ann.
Uma história que fala das intrigas e dos podres da corte inglesa, e tudo o que envolve a ambição de fazer parte da corte.
O filme é chocante, por se tratar de uma história real.

Noite de distração

Sábado à noite, sem muitos planos em mente, mas sem vontade de ficar em casa.
Liguei para uma amiga e resolvemos ir ao shopping.
Estava lotado! Uma manada - não só em quantidade de gente, mas também porque estava cheio de manos e minas (afff... ok, ok... essa foi podre). Andamos um pouco, até porque o shopping é pequeno, então a Re viu uma amiga dela em uma das lojas, e entramos.
Conversamos um pouco, e fomos as 3 jantar em um dos restaurantes da praça de alimentação.
Praticamente um redoma em meio à muvuca geral! O restaurante tinha um ambiente tranquilo, não estava lotado como o resto do shopping, e a comida era boa!
Jantamos, conversamos, rimos, fofocamos. Nada de mais. Nada de menos também. Foi um jantar muito agradável.
Depois, despedimo-nos da amiga da Re, e viemos aqui para casa. Assim que chegamos, começou um filme na TV, e resolvemos assistir. O filme chama: A Outra, e trata da história de Henrique VIII.
Depois que o filme acabou ainda ficamos conversando por um tempo, e então a Re foi embora.
Foi uma noite de boa distração. Não foi nenhum programa inusitado, mas quem disse que precisa ser, para ser bom?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Muros

A cidade de todos,
E de ninguém
Enclausurada entre muros
De não se sabe quem.
A selva de pedra,
Mais selvagem não tem.
O dinheiro mura,
E o não-dinheiro também.
Cidade?
Muros com um só executivo,
Sem legislativo,
Judiciário de ninguém.



Esse poema surgiu da indignação ao ver uma notícia na internet sobre o muro que estão construindo para barrar o crescimento de uma favela no Rio.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

(Des)fecho

A gente complica muito

Sempre

Sempre cria armas

E tudo q era lindo

Vira um infinito de ranhuras

...

Cheios de buracos

E placas indicando culpados

No final....

Tudo certo, tudo errado

Dois corpos esticados

Dois feridos, dois mortos

Apenas um amor enterrado.


Etnahlirb Los e Renata


Agora, a história desse poema.

Ele surgiu em conjunto com um rapaz, em uma conversa de msn.

Estávamos falando sobre poesias, falei do meu blog pra ele, e ele mandou algumas poesias dele para mim.

Então, falei da poesia "amor", e dela surgiu o que escrevemos acima.

Foi divertido!



Notícia Boa!!!!

Ainda farei suspense por um tempo, mas...
Eita notícia boa que recebi logo pela manhã!!!!!
Por enquanto, apenas adianto:
Acontecerá em julho!!!!!!!!
Mais para frente, conto o que é!
Ciao, caríssimos!
Au revoir!

Dança do Ventre

Pernas,
Quadris,
Coluna,
Peito,
Ombros.
Um só corpo.
Apenas um de cada vez
Movimenta-se.
Quadril sem peito,
Peito sem ombros.
É assim. Como?
Um parafuso frouxo na cintura,
Separando uma parte da outra.
Pensou que fosse fácil?
Mas é assim mesmo.
Quadril sem peito,
Peito sem ombros.
Porque se tudo se mexer,
Vira o samba do criolo doido!


segunda-feira, 30 de março de 2009

Parole d'amore

Conversas agradáveis
Em língua estrangeira.
Educação britânica
No galanteio italiano.
Viagens pelo mundo
Sem sair de casa.
Ego inflado pelas canções,
Versos e sonoridade latinos.
Parole d'amore.
O belo inatingível
graças a um oceano
(e tantas coisas mais).
Como ele diz...
Capricórnio - Aquário - Peixes
(nessa ordem).
Arte, música, viagens:
O olhar além do óbvio.
Jogos de sedução virtuais
Com pessoas reais.
Pura palavra,
Sem gestos ou olhares.
O artista e a poetiza
Brincando com letras e imagens,
Noite adentro, noite afora...
Depende de qual deles vê as horas.





domingo, 29 de março de 2009

Garotos

Quero registrar um momento super agradável do começo dessa noite de domingo.
Não falarei mais nada. Apenas isso (ao som de um violão):

Seus olhos e seus olhares,
Milhares de tentações.
Meninas são tão mulheres,
Seus truques e confusões.
Se espalham pelos pêlos, boca e cabelo,
Peitos e poses e apelos.
Me agarram pelas pernas, certas mulheres,
Como você me levam sempre onde querem.
Garotos não resistem aos seus mistérios,
Garotos nunca dizem não.
Garotos como eu, sempre tão espertos,
Perto de uma mulher são só garotos.
Seus dentes e seus sorrisos
Mastigam meu corpo e juízo.
Devoram os meus sentidos,
E eu já não me importo comigo.
Então são mãos e braços,
Beijos e abraços,
Pele, barriga e seus laços.
São armadilhas, e eu não sei o que faço
Aqui de palhaço, seguindo seus passos.
Garotos não resistem aos seus mistérios,
Garotos nunca dizem não.
Garotos como eu, sempre tão espertos,
Perto de uma mulher são só garotos.