quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mais um Ano Novo

Final de ano. Há pessoas que param para pensar como foi o ano, fazer planos para o próximo, tomar decisões. Eu nunca fui esse tipo de pessoa. Para mim, ano novo é apenas uma passagem, uma nova etapa. É claro que eu tenho uma esperança de que as coisas mudem, que o próximo ano seja melhor do que foi o outro, mas não fico analisando, repensando. Até porque a vida não se renova apenas na passagem de um ano para outro; quantos ciclos não foram iniciados, terminados e quantos ainda permanecem?
2009 foi um ano surpreendente. Começou meio torto, com dor no coração. Depois veio a realização de um sonho, com uma viagem inesquecível pelo velho mundo! Quantas paisagens, comidas, pessoas. E no fim do ano o coração resolve bater acelerado novamente.
Não faço planos, mas torço para que 2010 seja um ano de muitas alegrias, e que elas venham para ficar por muito tempo, não apenas para passar umas férias comigo.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fim de ano

Tudo igual, tudo diferente.
Família
Comidas
Companhias novas
Velhas
Novas vidas,
De longa data.
Alegria
Pitada de tristeza.
Esperanças
Renovações
Resoluções
Tudo igual
Tudo diferente.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Caixas

Numa caixa sem pretensão
Presentes passados
Projetos futuros
Cheiros de saudade
Sorrisos da infância
Suspiros de amor
Carinhos de flor
Preciosidades sem valor
Medos aprisionados
Memórias segmentadas
Invólucros encantados.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

cidade

Metamorfose ambulante
Novas ruas criadas
Velhas ruas transformadas.
Para o presente ter espaço
Alguns passados são demolidos,
Outros apenas recordados.
Cores, cheiros,
Letreiros, canteiros
Tamanhos
Caminhos.
Uma desordem regrada
No espaço urbano.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Na praça

Chapéus de palha choram violões
Bocas flauteiam infância
Bateria palpita corações.

Cada árvore, uma melodia
Cada sorriso, uma melancolia
Cada lágrima, uma alegria.

Mãos dadas namoram
Mãos pequenas brincam
Mãos enrugadas recordam.

Os cafés saboreiam
O domingo na praça.

Choro na Praça

Domingo foi dia de festival na praça. O Chorando Sem Parar, que já está virando tradição! Esse ano, os homenageados foram o já falecido Sivuca, e o grande Hermeto Paschoal!
À tarde fui até a praça para namorar um pouquinho ao som do chorinho (e comer brigadeiros de padaria). Encontrei amigos no meio do povo, assistimos um pouco das apresentações juntos até eles irem embora. Continuamos lá por mais um tempo, e ouvi a música "João e Maria", do Chico - ficou muito bonita. Já disse em outro post que essa música lembra minha infância, batendo um saudosismo gostoso.
Bem... fui pra casa, tomei banho, e meus amigos ligaram, falando que estavam na praça novamente. Fui até lá, e meus pais apareceram mais tarde. Meu pai cansou e voltou pra casa, e minha mãe continuou lá comigo.
Digamos que o céu tenha se contido durante todo o dia, mas, ao ver Hermeto, ele não resistiu e desabou. Uma chuva forte, que ensaoiu o dia todo pra cair!
Pois bem... ainda bem que eu estava com minha super sombrinha, pra pelo menos não molhar a cabeça... chegamos em casa encharcadas! Mas valeu! O show estava muito bom!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Chorando sem parar

Domingo, dia de Choro na praça.
Só espero que o céu não se emocione,
E queira chorar também...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Tempo não Pára

Ontem acordei com essa música do Cazuza na cabeça. Então, resolvi postá-la aqui.


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára