sábado, 22 de maio de 2010

Falando sobre viagem

Hoje foi um dia de lembrar da maravilhosa viagem que fiz ano passado. Pela manhã, levei meus mapas, passagens, cartões, para a aula de francês. À tarde, uma amiga veio aqui em casa para pegar umas dicas de Paris. Ela chegou por volta das 2h da tarde, e ficamos conversando até às 18h. Foi uma delícia lembrar de tantos passeios gostosos, tantas comidas deliciosas, aventuras, diversões! Contei da parte da viagem pela Itália também, e falei algumas coisas engraçadas que aconteceram.
Então, lembrei do meu diário de bordo - um caderninho que levei para anotar todos os dias do incrível passeio! Resolvi transcrever aqui o primeiro dia (que na verdade são dois) - desde a partida da minha cidade, até chegar em Roma. Segue abaixo:

02/07/09 - de São Carlos a São Paulo
Saímos às 12h45. A estrada estava tranquila, mas ao chegar à terra da garoa pegamos bastante trânsito. Um pequeno nervosismo, por causa do horário do vôo. Mas, tudo certo - estávamos com tempo. Logo ao chegar, embalamos as malas e fomos fazer o check-in. Quer dizer, fomos para a fila. Aliás, o que mais pegamos foi fila. Fizemos o check-in, comemos e fomos para a alfândega. Dio Santo! Mais fila! Que confusão! Ficamos paradas um tempão - diria até que foi uma segunda marginal, mas dessa vez à pé e sem acidentes ou buzinas. Ao passar da alfândega, esperamos. O vôo atrasou mais de uma hora. Na hora de embarcar, claro, mais fila. Mon Dieu! Espera, espera. Pronto. Sentemo-nos. Todos à bordo. Preparando para decolar. Então, o chão se afasta de nós. E a cidade vira um mar dourado. E fica pequena, pequena. No céu chuvoso, um chão de estrelas. E o grande pássaro de aço voa sem bater asas.
Depois de um tempo, um copo de champagne e umas bolachinhas. O jantar chega e estava bom - salada de batatas com atum, ravióli ou fricassé de frango, um queijo camambert, pudim com calda de caramelo, um sonho de valsa e vinho. Très bon!

03/07/09 - Do céu ao chão
Voa, voa, e depois de onze horas, chegamos à Paris. Calma. Apenas ao aeroporto, para pegar a conexão para Roma. Espera de novo. Depois de mais de uma hora, pegamos o avião até Roma. No meio da viagem, logo após o lanchinho, reclinei minha cadeira (0,1 grau) e senti um cutucão na cabeça. Pensei que fosse alguma criança, mas era uma senhora idosa. Não bastasse isso, o senhor que estava ao lado dela empurrou a cadeira da minha tia. Pensei comigo: Que dia longo!
Chegando em Roma, pegamos o trem. A Stazione Termini fica a uns três quarteirões do hotel. Mas juro que parecia ser do outro lado da cidade! Estávamos super cansadas, cheias de malas, um horror! Então tentamos pegar um táxi, mas era muito próximo e eles não queriam nos levar. Um deles até falou que o hotel que estávamos era um muquifo, pavoroso (claro que não era!). Então minha tia o mandou à merda (foi engraçado! Ali vi que estávamos realmente na Itália).
Pouco antes disso, ainda quando estávamos no trem, uma jovem sentou-se conosco. Resolvi puxar assunto, e descobri que ela era inglesa e que tinha vindo para cá para ouvir a irmã cantar em um coral. Fomos conversando até a estação.
Logo que dei as primeiras olhadas em Roma - cansada e sem dormir por causa do vôo - achei que a cidade tinha um tom terra-cota.

2 comentários:

Ulysses Boscolo disse...

Diário...
Assim, lembramos de coisas adormecidas na memória.
A Itália é um desses lugares que me transportam para o desenho.. para a alma de um mundo bem velho, rejuvenecido pelo nascimento das pessoas.. indo e vindo, de lugares tão diferentes do globo.
A leitura de suas palavras Renata, é uma delícia!

Abraços e tudo de bom,
Ulysses.

Re disse...

Pois é, Ulysses. A melhor coisa que fiz foi ter escrito esse diário de bordo! Registrar as primeiras impressões que tive de tantos lugares, para poder voltar lá quando minha mente quiser! Até a hora que for possível voltar lá de verdade!
bjos!!!