quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ausência

Lembro de nós no durante -
Entre antes e depois
Uma só respiração de dois
Que em seguida ficou distante

As memórias, dividimos ao meio
Você ficou com as efêmeras
De sons, toques e cheiros
Eu, com a outra metade inteira

Memória nos travesseiros
Hoje me adormecem com indiferença
Seus beijos e afagos, num receio
Fazem presente sua ausência

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Encontro

A música da vez é de Maria Gadú, chamada, cujo nome é o título do post.

Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Põe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim

Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir

Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você

Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir

Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você


domingo, 26 de setembro de 2010

Aniversário da Cris

Ontem fui à festa de aniversário de uma grande amiga. Foi uma delícia!!!! Encontrei amigos, conversei e ri muito, a noite estava super agradável! Como jantar, tivemos uma salada bem caprichada e uma paella incrível, preparada com muito carinho pelo pai e por amigos da aniversariante! O clima de festa e alegria tomou conta da casa! Seu irmão fez alguns truques de mágica com cartas de baralho - foi divertidíssimo!!!
Na hora do parabéns, algumas pessoas falaram um pouco sobre a pessoa incrível que a Cris é, e foi emocionante. Lindo! Foi uma noite muito prazerosa!

Sequência

Amante
Amar-te
Amar a arte
Arte de amar
Amarelo
O elo
Amar o belo
Longe do mar
Maremoto
Motor do peito
Leito
Leitor do amor
A morte



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Anel

Das joias, curvo-me ao anel, não aos brincos.
Brincos rasgam a pele,
O anel entrelaça o dedo.
Brincos são o casaco da orelha,
Volumes indesejáveis ao beijo.
O anel é a lingerie da mão
O convite à nudez
Brincos escutam os sussurros;
O anel é o arrepio.
Brincos são pares
Vivendo em casas separadas
O anel é o Solitário
Que vive junto.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Do jeito que as coisas estão, querer encontrar um político honesto é como ir a um prostíbulo em busca de uma virgem.

domingo, 19 de setembro de 2010

Quero entender seus dedos
Para desvendar suas letras
Quero ler sua boca
Para descorrer meus desejos
Quero trocar o A (co)migo
Para transformar em Amante

Quero vencer o medo
Para deixar de ser segredo
Seu olhar distante
O inferno são os outros.

sábado, 18 de setembro de 2010

Meu Malvado Favorito

Hoje à tarde fui com minha irmã ao cinema, assistir a Meu Malvado Favorito. Simplesmente fantástico!!!! Muito divertido, para crianças de 3 a 99 anos.
Gru é um vilão que quer roubar a lua. Para isso, ele precisa pegar uma máquina que diminiu as coisas, que está nas mãos de um outro vilão, Vector. Para conseguir pegar a máquina, ele adota 3 adoráveis garotinhas órfãs, que entram na casa de Vector para venderem biscoitos (mas não eram biscoitos comuns). E essas 3 garotinhas conseguem despertar em Gru um sentimento novo.
Assistam!!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Regras existem para justificar a exceção.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um beijo ou um queijo?
Qual deles é seu querer?
Beijo! Dirá sem temer
Mas o queijo é tão mais fácil de se obter...

O Canto do Silêncio

Esqueceu de pendurar a toalha no varal? Esqueceu alguma data importante? Falou algo terrível? Mas ele mal conversou com ela... será que era isso então? O silêncio em troca da ausência? Mas o silêncio era a forma rotineira deles se tocarem, como se despediam.
A dimensão da travessia era exasperante. O guarda-chuva, além de pesado, estava cheio de furos. Uma vareta que se desprendeu conduzia a água até seu pulso, invadindo a manga do paletó. O homem atravessava a rua da vergonha, fitando seu próprio olhar no reflexo dinâmico dos espelhos formados pela chuva da noite passada. Sentia-se perseguido, as ruas o olhavam com desprezo e desconfiança. O que ele fez de tão ruim ontem, para ter o olhar cruel dela logo pela manhã...? Ela o olhou de uma forma mais agressiva que o tiro.
Ela já deveria saber da arma. Ele cuidava para que nada estivesse à vista, mesmo quando chegava bêbado do serviço. Ainda assim, ela fingia que não sabia de nada.
O pássaro, que todos os dias vinha dar boa tarde, e a quem ela cuidadosamente espalhava as migalhas de pão, não cantaria mais. Foi o prelúdio da ruína: tudo calou-se. Ela não acreditava nas evidências: sujeira e sangue. O pássaro era seu, um anônimo amante. Aquele que vinha fielmente todas as tardes buscar as migalhas que ela pegava do marido, e que ele tão cordialmente acolhia. E tudo acabou num instante.
Nenhuma palavra. Nada, nem o olhar falava mais. O silêncio era mais cortante que o mais agudo dos gritos, perdurou tanto tempo que ele se esqueceu. Apenas vagava sem rumo, escutando o barulho das poças pisoteadas. O céu chorou durante toda a noite, mas ela não derramou uma lágrima. Não precisava.
Ao passar pela pecuária, viu alguns pássaros na gaiola. Então entendeu! Ao matar o pássaro, foi a ela que matara. A alegria que ela tinha vinha do canto das tardes. Era no pôr-do-sol que ela renascia. Mas ele queria o silêncio. Calou o pássaro, calou sua amada, calando-se para sempre.


Conto escrito em conjunto com o amigo Morais, em 08/09/2010

sábado, 11 de setembro de 2010

Amor como sapatos

Estava eu quietinha, lendo o livro "Mulher Perdigueira", de Carpinejar, quando me deparei com uma crônica entitulada: "Manias de uma loja de sapatos". Ele fala sobre a escolha de um sapato entre tantos outros em uma loja, e como muitas vezes não achamos o par que foi desejado na vitrine, e acabamos levando um outro par, mesmo que não seja o dos sonhos. Então ele transpõe essa escolha dos sapatos para as relações afetivas, de uma maneira muito lógica!
Achei o máximo o texto, e vou transcrever um trechinho aqui:

"Carentes, preferimos prender quem não amamos. Ficamos com uma companhia apesar de não amar, para evitarmos a cobrança pelos pés descalços ou porque estamos sozinhos. Esperando o par perfeito enquanto usamos o que encontramos. O que veio na frente. O que tinha no estoque.
Grande parte dos casais é ímpar. Vistosamente formando pares trocados, solteiros, improvisados."

Não é boa a comparação? Quantas vezes, por medo de ficarmos sozinhos, não aceitamos uma relação? Não é que não gostamos da pessoa que está ao nosso lado, mas não a amamos. O perigo de se acomodar em uma relação onde não há amor é iludir o outro. Cuidado com as ações, e mais cuidado ainda com as palavras. Amor não se declara da boca pra fora. É necessário falar com o coração, com o mais profundo suspiro e o mais corajoso dos olhares. Falar "eu te amo" todos os dias não é sentir o amor, mas sim tentar se convencer da mentira que se conta para o outro. Quem ama demonstra nos mais pequenos gestos, não precisa preparar discurso nem exige plateia.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A palavra escrita errada é o dedo gaguejando.

500 dias com ela

"Esta não é uma história de amor" - É uma das primeiras falas do narrador; "Coincidência - é só o que é" - uma das últimas.
Essa é a história de Tom e Summer. Ou melhor, um trecho da história de ambos. Tom trabalha em um escritório que faz cartões comemorativos, e lá conhece Summer, a mais nova assistente de seu chefe. Com o passar do tempo eles se envolvem, e o filme mostra os dias que passaram juntos, sem seguir uma linha cronológica, mas sim uma linha que nos mostra o sentido da história.
Repito, "esta não é uma história de amor": trata-se de uma história de relacionamentos, que podem seguir rumos completamente diferentes.
Expectativa e realidade, qual a diferença? Toda a diferença, afinal a expectativa é aquilo que imaginamos que vá acontecer, ou que esperamos que aconteça. Mas nossa vida não é monólogo, não é apresentação solo. Toda e qualquer ação em nossa vida é feita de interação. E, à partir do momento em que há interação, a história tem (pelo menos) duas expectativas,: 1- a de um, 2- a de outro; e (pelo menos) quatro possíveis realidades: 1- se coincidirem com a expectativa de ambos, 2- se for a de um, 3- se for a do outro, 4- se não for a de nenhum dos dois. Os acontecimentos então, quando se concretizam de acordo com o que esperamos, é uma feliz coincidência? Pode ser que sim.

Andorinha azul



















Na paisagem em preto e branco

Nada vive, apenas espera
É mistério que a paz revela
Ou pura introspecção do encanto?
Mas no vôo vem a compreensão:
Andorinha chega confiante
Traz ar renovado e radiante
Seu azul, repleto de emoção
Carrega imensa tranquilidade
Para aqueles que tem vontade
De seguir mais adiante.


Fiz essa poesia inspirada em um trabalho de Ulysses, chamado: "A andorinha azul planando sobre o tempo". Ele me enviou pelo correio a gravura.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Texto à duas mãos

Hoje fiz uma coisa incrível! Escrevi, junto com um amigo, um texto pela internet. Entramos ambos no Docs do google, e começamos a escrever. Um escrevia, o outro mudava, rearranjava o texto, e assim foi. Fizemos um conto, e assim que finalizarmos, postarei no blog.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

(IN)consciência eleitoral

Dizem que o mal é o candidato
Que não presta, é inapto
Pensamento repartido
Não tomo partido
Falo algo bem pior:
Eleito é reflexo do eleitor
Que não sabe em quem vota
Por um sanduíche se devota
Pra depois chorar derrota

Grandes amigos

Ontem reencontrei dois amigos que não via há tempos! Sempre conversamos pelo MSN, mas ao vivo... cada um na sua correria, na sua loucura, nunca dava certo. Quando um podia, o outro não, e assim foi. Até que ontem conseguimos! (acho que por isso o tempo virou).
Não sabíamos onde ir, pois a Amiga queria ir a um restaurante. O Amigo sugeriu alguns, eu outros, até que fechamos o lugar, depois de umas voltas de carro.
Fomos a um restaurante português que abriu há uns dois meses. Lugar pequeno, cardápio ainda bem restrito, atendimento bom. Não comi, pois havia jantado há pouco, mas meus amigos comeram. Experimentei uma lasca de bacalhau - não gosto de peixe, mas sei quando uma comida está saborosa, e ele não estava; estava seco, salgado e sem gosto. Pedi um sorvete com caldas de frutas vermelhas. Que decepção... a calada era artificial de morango, completada por pedaços da fruta e uma cereja no topo. Ainda bem que a companhia estava ótima! Demos muitas risadas, falamos com sotaque português, lembramos de algumas coisas, comentamos nossa indignação diante de certas coisas que acontecem hoje, de adolescência... foi muito divertido!! Espero que não demore muito para nos encontrarmos novamente!

domingo, 5 de setembro de 2010

Nosso Lar

Ontem fui ao cinema assistir à adaptação do livro de Chico Xavier - Nosso Lar.
A história conta a história de André Luis, entre sua vida e sua desencarnação, até a chegada a uma das colônias espirituais chamada Nosso Lar.
Uma produção incrível, muito bem feita, e uma história que nos faz pensar o quanto ainda temos que aprender e evoluir.
Fantástico!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Twitter

Ok, ok... depois de um tempão relutando, acabei de fazer um twitter.
Mais um vício para mim.

Olhos dela

Minha mãe está com olhos mancos.

Eu explico... Minha mãe usa óculos para tudo, e ontem uma das hastes quebrou. Como ela não enxerga sem eles, está usando quebrado mesmo. Amanhã ela levará à optica. Mas, até lá, ficará com os olhos mancos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um dia...

Quero verbos no presente,
Já estou cansada de conjugar companhias sem futuro

Incompleta?

Estou caramujo sem conchinha.