sábado, 22 de janeiro de 2011

Carro

Eis a história: Em 2001 tirei carta, mas meu pai não me deixava pegar o carro. Peguei umas 3 vezes, sendo que na terceira, acabei batendo o carro. A batida aconteceu em uma esquina sem sinalização, junto com um retorno que há para entrar no shopping. Eu estava devagar, fazendo a curva do retorno, quando uma brasília vem à toda e vira sem olhar. Conclusão: capô do meu carro amassado, lateral da brasília acabada, girando 180 graus e caindo no alambrado do shopping. Cena maravilhosa! Quando o policial chegou, perguntou de quem era a culpa. Meu ex-namorado falou: diga-me de quem é a preferência, que eu falo de quem é a culpa. O policial olhou de um lado, olhou de outro, e falou: é... difícil de dizer. No fim, como meu carro tinha seguro, eu acabei como culpada do acidente. Depois disso fiquei com um medo danado de pegar o carro, e por anos não dirigi mais.
Em 2005 mudei para Valinhos, e meu ex-sogro nos emprestou o carro - dirigi por 3 meses, até o carro ser roubado. Meleca, né? Mais alguns anos sem dirigir.
Voltei para minha cidade em 2007, mas não queria nem saber de dirigir, por causa do ciúmes que meu pai tem do carro. Mas, chega uma hora que a situação fica meio insustentável, né? Querendo ou não, o carro dá a liberdade de ir e vir além do que os pés aguentam. Ano passado então, resolvi que precisava dar um jeito nisso. Perguntei ao meu pai se ele me deixaria pegar o carro caso eu fizesse algumas aulas, e ele disse que sim, torcendo o nariz. Fui até a auto-escola, e depois de algumas aulas peguei o carro umas 3 vezes, com meu pai do lado. Situação bem irritante, a ponto de eu cansar. Meses se passaram, sem dirigir de novo.
Então, semana passada, minha psicóloga me deu uma pequena prensa, falando que eu precisava dar um jeito nisso, que eu tinha que começar a dirigir. Hoje, falei para meu pai: "Posso dar uma voltinha com o carro?" e ele: "Sozinha?", eu: "Sim", ele: "pode". Como hoje é dia de aniversário aqui em casa, fui buscar o bolo na doceria com o carro. Minha irmã foi junto.
A cena foi engraçada - entramos no carro, mas não conseguia puxar o freio de mão. Consegui e saímos: vuuuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmm. Seguimos até a doceria, que é pertinho de casa, e estacionei na esquina de baixo, pra não ter que fazer baliza. Pegamos o bolo e voltamos para casa. Estacionei bonitinho um pouco pra cima da garagem.
Digamos que um passo importante foi dado hoje.

Um comentário:

Dany disse...

Sabe que eu sofro desse mesmo drama?! Tirei carta há 2 anos e dirigi muito pouco! Mas tb dirigir o carro dos outros é complicado, uma pressão a mais nessa história!