Eis que minha psicóloga pergunta: "Por que você faz francês, Re?" E eu, com meus argumentos, respondo: "Porque eu gosto, acho que quando estudamos um idioma, nunca estudamos apenas isso. Estudamos também história, geografia, outras culturas, e até mesmo a nossa própria língua. Enriquecemos nossa visão, percebemos um novo mundo, um encontro dos vocábulos, suas origens, suas derivações, suas riquezas." E continuei a descorrer minhas sandices verborrágicas. Falei por mais de meia hora, e então ela resume: "Então você faz por prazer? Faz por você, sem nenhum interesse a mais - viajar, fazer um curso, etc?", ao que respondo: "Sim, por puro prazer. Claro que pretendo viajar novamente, mas não faço o curso pensando nisso."
E então pensei que, pela primeira vez, ao perguntar "por que você faz isso?", a pessoa se satisfaria com uma simples resposta: "porque eu gosto, pelo meu prazer." E só. Mais nada. Estamos tão acostumados a justificar nossas escolhas, nossos gostos, como se prazer não fosse razão forte o suficiente para fazer alguma coisa. Temos que nos munir com uma verdadeira artilharia de motivos.
Escrevi a frase: "
Pior que isso é: O que você faz?
- Eu faço mestrado, tenho bolsa...
- Tá, mas você trabalha?"
O outro falou:
"Pior ainda: O que vc faz?
biologia...
Ah...legal..... ..... ......"
E um outro comentou:
"Na verdade o pior é:
- O que vc faz?
- Sou músico...
Tá,ok ! Mas o que vc faz de verdade além disso?"
Pesquisador, biólogo, músico não são profissões? Não exigem dedicação, esforço, empenho? As pessoas tem uma incrível capacidade de tabelar as coisas, como se elas fizessem parte de dois grupos: trabalho ou hobby. Se você pensa assim, é porque há algo muito errado com o que você faz. Trabalhar com o que se gosta é a melhor coisa do mundo, digo isso por experiência própria. Assim como fazer um curso sem ter algum outro interesse que não o de se divertir, dar um presente a você mesmo, ganhar conhecimento apenas porque conhecimento nunca é demais, isso também é possível e, mais que isso, a melhor razão que há para se fazer alguma coisa.
Mas, se você se formou em biologia, começou o mestrado e parou para virar músico, cuidado. Você nunca escapará de se justificar...
E então pensei que, pela primeira vez, ao perguntar "por que você faz isso?", a pessoa se satisfaria com uma simples resposta: "porque eu gosto, pelo meu prazer." E só. Mais nada. Estamos tão acostumados a justificar nossas escolhas, nossos gostos, como se prazer não fosse razão forte o suficiente para fazer alguma coisa. Temos que nos munir com uma verdadeira artilharia de motivos.
Escrevi a frase: "
Pior que isso é: O que você faz?
- Eu faço mestrado, tenho bolsa...
- Tá, mas você trabalha?"
O outro falou:
"Pior ainda: O que vc faz?
biologia...
Ah...legal..... ..... ......"
E um outro comentou:
"Na verdade o pior é:
- O que vc faz?
- Sou músico...
Tá,ok ! Mas o que vc faz de verdade além disso?"
Pesquisador, biólogo, músico não são profissões? Não exigem dedicação, esforço, empenho? As pessoas tem uma incrível capacidade de tabelar as coisas, como se elas fizessem parte de dois grupos: trabalho ou hobby. Se você pensa assim, é porque há algo muito errado com o que você faz. Trabalhar com o que se gosta é a melhor coisa do mundo, digo isso por experiência própria. Assim como fazer um curso sem ter algum outro interesse que não o de se divertir, dar um presente a você mesmo, ganhar conhecimento apenas porque conhecimento nunca é demais, isso também é possível e, mais que isso, a melhor razão que há para se fazer alguma coisa.
Mas, se você se formou em biologia, começou o mestrado e parou para virar músico, cuidado. Você nunca escapará de se justificar...
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