Sei que estou há um tempo sem escrever. Há algumas razões para isso - muito trabalho no escritório (graças a Deus), correria com o tijolinho, e a mais alegre de todas: estou vivendo minha aquarela poética.
Sim, já escrevi aqui uma vez que é difícil escrever quando estamos felizes. A dor é um momento de introspecção, de infinitos cinzas. O mundo se fecha em nós, e abre-se em palavras. Uma verborragia sem parada. Elas escorrem feito lágrimas - basta a primeira sair, para todas as outras seguirem.
Na alegria é muito mais difícil. A vida se abre em cores mil, pede ação, pois as palavras não bastam. E como elas não bastam, elas se encolhem. Mas, com o tempo elas acham uma brecha, e aprendem a verbalizar tanta ação e sentimento.
Digamos que eu ainda estou no momento de transição. Não que as palavras me faltem, mas elas estão descompassadas. Entre cores e sons, aos poucos acharei o tom.
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