Primeira parte: Diversão
Há um mês mais ou menos a turma se animou em viajar. Começamos a ver onde ir, o que fazer, e quem ia afinal. O grupo, que à princípio era de 7 ou 8 pessoas passou para 4 - 2 casais, mais precisamente. Decidimos passar 2 dias em uma fazenda região, para descansar.
Quem me conhece sabe que campo não é meu local preferido, mas a turma estava empolgada, então vamos lá.
Chegamos na sexta pela manhã. A fazenda era bem íngrime, onde a casa sede ficava no ponto mais alto, juntamente com a área de refeições, salão de jogos e uma das piscinas. Tudo rústico, mas aparentemente agradável. Pegamos a chave do chalé, e seguimos. Fomos de carro até lá, pois os chalés ficavam na parte mais baixa da fazenda. Eram 5 chalés ao total, divididos em 2 cada um. E cada um deles era subdividido em 2 suítes com um hall comum. A porta do hall e as janelas tinham tela de proteção para evitar a entrada de bichos. Cada casal foi para seu quarto, que era simples, para não dizer simplório. Nada de mais, mas estava valendo. Deixamos as malas e subimos de carro.
Ficamos na área da piscina, conversando e esperando a hora do almoço. A vista dali era muito bonita, uma paisagem e tanto. O almoço foi posto depois de algumas horas, e valeu a pena esperar! A comida estava muito boa. Depois do almoço descemos novamente ao chalé, para descansar. Dormimos um pouco, e por volta das 16h30 namorido e o casal de amigos se aprontaram para fazer uma trilha. Como não gosto desse tipo de passeio, preparei meu tablet para uma leitura. Eles foram e eu mergulhei no mundo de Sherlock Holmes. Voltaram à noitinha, trocaram de roupa e foram para a piscina que ficava perto do chalé. E eu no livro.
Segunda parte: Histeria
Assim que voltaram da piscina, ao chegarem na varanda do chalé, havia muitos besouros, e, para não deixarem os insetos entrarem, namorido correu fechar a porta em tela. Mas, ao bater a porta, uma surpresa. Pererecas pularam para o quarto. Namorido então começou uma busca atrás das 2 pererecas que entraram no quarto ( até então eu achava que era uma só). Enquanto isso, eu procurava manter a calma e não tirei os olhos do detetive. Bicho fora do quarto, fomos tomar banho. Ligamos o chuveiro, água quente rolando, até que a energia cai. Como eu detesto água gelada! Acabamos o banho rápido, no escuro e na água gelada. Uns 5 minutos depois a luz volta, e eu voltei ao banheiro para pentear o cabelo. Enquanto isso, namorido achou a segunda pererca, e recomeçou a caça. Foi cercando a bichinha, até que ela entrou no banheiro e passou por mim. Foi o suficiente para toda a minha classe ir para o ralo e eu começar um ataque histérico. Gritei e corri para o quarto, enquanto ele pegava, com raiva, aquele anfíbio. Quando ele colocou para fora do chalé o bicho, eu desabei no choro. Mato, água gelada no banho e perereca era aventura demais para mim. Ele me abraçou forte pra me consolar. Passado o susto, chamamos o casal de amigos e subimos de carro para jantar. O jantar estava tão gostoso quanto o almoço, e passamos um tempo conversando e tentando esquecer o episódio. Descemos novamente para o chalé, conversamos mais um tempo, e fomos dormir.
Terceira parte: Aborrecimento
Na manhã seguinte acordamos, arrumamos as coisas para passar o dia, e subimos para tomar o café-da-manhã. Estacionamos o carro na única vaga que estava disponível, e fomos para o salão. Namorido e o casal de amigos iam para a cachoeira com outros hóspedes, e eu ficaria lá na casa sede lendo meu livro. Tomamos o café, que estava muito bom, e ficamos na área de estar até dar a hora do passeio. Estávamos conversando tranquilamente, quando escutamos o trator subir -era ele que ia levar o pessoal para a cachoeira, numa carreta acoplada a ele. Junto com o barulho do trator, escutamos o alarme de um carro. Achamos que a trepidação do trator tinha feito o alarme de um dos carros disparar, e namorido foi averiguar. Logo em seguida ele volta, pedindo a chave do carro. O trator, ao contornar a árvore do estacionamento, bateu em nosso carro e o arrastou, girando-o cerca de 45 graus. O resultado disso foi, pelo que constatamos na hora, uma lanterna quebrada, porta-malas e lateral direita danificados. A dona da fazenda queria chamar um conhecido para remendar a lanterna, minimizando o dano causado, mas eu e namorido, putos com a situação, falamos que acionaríamos o seguro. Com o acidente, o clima de feriado acabou, e decidimos ir embora. A dona quis colocar panos quentes, insistiu para que ficássemos, mas não tinha mais clima. Descemos para o chalé, arrumamos nossas coisas e voltamos à sede para o check out. Nosso amigo fechou a conta com a dona, pois nós estávamos muito nervosos. A dona falou que arcaria com o custo do conserto, que era só contatá-la. Entramos no carro e viemos embora, um dia antes do previsto.
Agora vamos esperar o primeiro dia útil, para irmos até a seguradora, ver o orçamento com a funilaria e arrumar o carro. O que era para ser um fim de semana de descanso se tornou um transtorno. Mesmo que a dona da fazenda arque com o dano material, quem é que vai arcar com a perda de tempo que teremos para correr atrás do conserto do carro?
Um comentário:
Estive a ver e ler algumas coisas, não li muito, porque espero voltar mais algumas vezes,mas deu para ver a sua dedicação e sempre a prendemos ao ler blogs como o seu. Se me der a honra de visitar e ler algumas coisas no Peregrino e servo ficarei radiante, e se desejar deixe um comentário. Abraço fraterno.António.
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