domingo, 26 de abril de 2009

Teletransporte

Algumas vezes penso que seria ótimo se houvesse o teletransporte. Pensou? Poder se deslocar em segundos para lugares distantes? Apenas focar o pensamento e pronto! Em um piscar de olhos o lugar desejado! Não haveria distância para o amor - um poderia trabalhar em uma cidade e o outro na outra, e não haveria problemas. Os filhos poderiam estudar em qualquer lugar, a casa poderia ser em qualquer lugar. A diferença espaço/tempo ficaria ridiculamente pequena.
Mas, ao mesmo tempo vem o pensamento contrário, de que o teletransporte. seria um problema... imagine, quantas pessoas não gostariam de ir a um mesmo lugar na mesma hora? Fugiríamos de um congestionamento nas ruas, para ter um congestionamento com a força do pensamento!?! Amantes querendo se ver poderiam se desencontrar, caso um fosse ao lugar que o outro deveria estar e vice-versa. Outros lugares passariam despercebidos, não sendo destino de ninguém...
Um meio termo, então, que tal? Deveria haver um teletransporte organizado. Combina-se onde ir, para não haver desencontros. Marca-se hora para não haver congestionamentos. Mas, com isso, começa uma burocracia sem fim. Então, melhor que não haja teletransporte mesmo.
Até porque, se houvesse, perderíamos o que muitas vezes é mais interessante que o próprio destino da viagem: o caminho. O tempo se deslocando pelo espaço (ou o espaço deslocando-se no tempo?), pensando na vida, pensando bobagens, ou simplesmente não pensando em nada... apenas observando a paisagem, sentindo os cheiros, vendo sorrisos e lágrimas. Sentindo a brisa enquanto andamos, sentindo o frio, o calor, sentindo a vida que segue, tão bela, tão mágica, tão surpreendente.

Costelinha

Aos fins de semana, quando minha mãe está preparando algo especial (e ela cozinha extremamente bem), ela sempre pede para a gente experimentar, para ver se não está faltando sal, tempero, essas coisas. Na verdade, acho que ela gosta é de torturar a gente até a hora do almoço.
Primeiro, vem aquele cheiro de cebola refogando, temperos... depois, um cheiro de bebida sendo colocada para ferver, só para dar aquele gostinho a mais na carne. Em seguida vem ela, com um pedaço da perdição espetado no garfo, para eu experimentar.
Nessa hora, o Calvin fica todo eufórico. Nunca demos comida para ele, mas mesmo assim, ele tenta. Afinal, tentar não custa nada, né? Vai que algum dia um pedaço de carne cai do garfo? Ele fica todo espevitado, lambendo o focinho e choramingando. Mas nada disso adianta.
Voltando... minha mãe hoje estava fazendo costelinha de porco. O cheiro, como falei acima, estava de matar! Muito bom!!!! Então, ela veio com o pedaço de carne, e o Calvin em cima. Experimentei, e claro que estava fantástica!
Uma meia hora depois o almoço ficou pronto. Aí foi só saborear a costelinha de porco regada com muito limão... ai, ai...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pato Donald

"Lá vem o pato,
Pata aqui, pata acolá.
Lá vem o pato,
Para ver o que é que há..."
Bem, estou nos meus dias de pato Donald...
Como assim? Simples. Estou gripada, e minha garganta está doendo.
Estou rouca, perfeita imitação do pato da Disney!

domingo, 19 de abril de 2009

Bolhinhas de sabão

"Sentada na calçada de canudo e canequinha, splet, splim,
Eu vi uma menininha, splet, splim,
Fazendo uma bolhinha, splet, splim,
Bolhinha de sabão"

Vocês devem estar se perguntando - o que raios essa pessoa está escrevendo??
Tirei essa música do fundo do baú, por causa de um aniversário - e não foi aniversário de criança.
Uma das meninas que faz dança do ventre comigo fez aniversário esses dias, e ontem teve festinha. Mas, para tornar a festa mais divertida, a mesa foi enfeitada com uma toalha da Moranguinho, papéis cor-de-rosa, e potinhos com argolinhas para fazer bolhinhas de sabão.
A comida estava uma delícia, vários salgadinhos, mini-pizza, e o bolo... ah, o bolo... fantástico!!!
Mas, voltando às bolhas de sabão... teve uma hora na festa que todos estavam fazendo as bolhinhas! Uns faziam muitas pequeninas, outros tentavam fazer as maiores bolhas, e um clima infantil pairou por um tempinho.


sábado, 18 de abril de 2009

Reforma

Reforma.
Pilares em pé,
Porque a estrutura deve ser mantida.
Mas algumas paredes somem,
Por já não haverem mais razão de existir.
Criam-se janelas,
Fecham-se portas,
Abrem-se outras.
Tubulações levando sangue para o corpo.
Corpo igual. Diferente.
Há algo novo.
Um novo espaço aberto no coração,
Para ser preenchido de outra forma,
Por outra pessoa.
Nova pintura,
Nova mobília,
Nova (de)coração.
Novas energias,
Novos ares,
Novos lares.
Infinitas casas em mim
Quebra-quebra
e mudanças sem fim.



Tudo Novo de Novo

Hoje começou uma nova série na TV - "Tudo Novo de Novo". A série trata de pessoas comuns: ela é arquiteta, separada duas vezes, com dois filhos; ele é engenheiro, separado e com uma filha. Ambos se conhecem por causa de um trabalho em comum, e começam a se relacionar.
Quase no final do episódio de hoje, ela fala para ele mais ou menos assim: "Às vezes sinto que estou sempre em reforma. Tenho uma placa em mim, escrita: Mulher em obras."
Achei a frase boa. E aplicada a todos nós, afinal, que somos nós senão eternas reformas? Algumas são fáceis, outras não. Algumas demoram minutos, outras uma vida inteira. Reformas boas ou traumáticas, e com surpresas pelo caminho. Algumas fazem a história tomar outro rumo, enquanto outras saem do jeitinho que foram planejadas. Algumas geram desgastes imensos, outras são prazerosas pelas mudanças boas que trazem.
Por isso, posso dizer que sou uma mulher em obras (ad eternum).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

What?

Nothing, but this:
Speechless.
In fact, I don't have anything to write...
But I feel like writing.
So, as I'm feeling that way,
I write these non-sense words
As the world is right now:
Unconscious, somehow.
Funny ironic world,
reported with crazy words.
Do these words make any sense to you?
Neither to me.
But, still, the words exist. As the world.
And as all the odd contained in each one.


Preguiça

O corpo se arrasta,
Escorre-se pelo chão,
Derretendo-se a cada passo.
Movimentos lentos...
De-va-gar...
Quase parando...
Parei...
Cansei...
Cansou do que?
De não fazer nada...
Nadica...
Então faça alguma coisa.
Estou fazendo, oras...
O que?
Descansando...

domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa em Ribeirão

Hoje fui pra Ribeirão com meus pais, almoçar na casa da minha irmã.
Saímos cedo daqui, para chegarmos com tempo. Perto de 12h fomos à pé para o restaurante, que é famoso por seus filés à parmeggiana!!!(hum!!!) Chegando lá, havia uma fila enorme... minha irmã então perguntou para o garçom se havia como enocmendar para levar, e o garçom falou que sim, que aí era rapidinho. Então ela entrou, e pediu o filé pra viagem, para 4 pessoas. Menos de 5 minutos depois (sim, isso mesmo!!!) entregaram a comida e fomos para o apartamento. Gente! Estávamos em 6 pessoas, comemos bastante e ainda sobrou carne!!! De sobremesa tomamos sorvete!
A tarde passou, e pegamos a estrada de volta pra casa. Em um trecho, já bem perto daqui, pegamos chuva, mas ao olhar para o lado, o céu estava razoavelmente limpo, e o sol estava se pondo. Uma cena linda, poética... o céu chorando de um lado, o sol sangrando no horizonte do outro.

reflexões sobre uma frase...

O filme me fez pensar em uma coisa... há uma parte em que dizem que o sexo pós-briga é muito bom, mas só sabe disso quem já experimentou. Sabe... nunca tive sexo pós-briga, pois meus relacionamentos não tiveram briga enquanto duraram. Talvez essa seja a razão de não terem durado. Não estou falando que a relação deve ser um pé de guerra. Mas creio que uma briga de vez em quando serve para o casal crescer... serve para entender o que se passa com o outro, e para dar a chance de se entender enquanto casal.
É estranho isso... as pessoas se dão ao direito de brigar com os pais, irmãos, amigos, mas quando a briga é com o outro da relação, há um receio... talvez um medo de perder, de ser abandonado. E não brigam. Acabam acumulando mágoas e irritações, que por menores que sejam , existem. Até que chega uma hora que as mágoas e irritações se acumulam de um tanto... e então o medo de perder desaparece, pois o incômodo é maior que o sentimento. Nessa hora o relacionamento acaba... Talvez pela falta de briga, medo de enfrentar o medo. Medo da exposição de si mesmo, na verdade crua de quem fica irritado, bravo, nervoso. Medo do outro não gostar de você ao mostrar seus defeitos escancaradamente. Quando na verdade o outro já sabe dos seus defeitos.
Afinal, como já disse (ou devo ter dito, não lembro) em outro post, o real gostar se percebe nos detalhes. Gostar de uma pessoa nos dias alegres, na simpatia, nas declarações, na bebida com os amigos é fácil. Agora, gostar da pessoa também nos momentos ruins, nos defeitos, é gostar realmente. É saber que haverá dias de tristeza, de irritações, palavras erradas, e mesmo assim a vontade de estar com essa pessoa não passa.
Gostar de verdade é preferir brigar com a pessoa e poder fazer as pazes com ela depois, do que não brigar e terminar. O não brigar é carregar um peso desnecessário sozinho. O brigar pode significar dividir esse peso, a fim de achar uma solução para exterminá-lo.
Não quero afirmar que uma briga é a solução de uma relação, afinal o ideal é que as pessoas se entendam no diálogo, sem brigas. E também porque briga demais gera apenas desgaste. Mas sua ausência total pode barrar uma evolução do casal; a chance de se conhecerem em momentos de tensão e de fazer com que eles se respeitem e se gostem em qualquer situação (não apenas nas trocas de carícias e declarações).

sábado, 11 de abril de 2009

Muito Bem Acompanhada

Assisti hoje ao filme: Muito Bem Acompanhada.
Como toda comédia romântica, há sempre uma mocinha e um mocinho, um deles sofrendo por causa de um amor frustrado e uma situação cômica que norteia a história.
Pois a situação desse filme é a seguinte: a meia-irmã da mocinha vai se casar, e o ex da mocinha estará lá. Como ela não quer chegar sozinha ao casamento e está sem namorado, ela contrata o serviço de um acompanhante. O filme é óbvio, e vocês já devem imaginar o final, mas as risadas garantidas ao longo de toda a história torna-o muito divertido!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Contradi(cora)ção

O vazio em cheio no peito,
Buraco tapado com o nada.
Coração bate sangrando
Doendo, pulsando.
O vácuo toma conta do que um dia foi sentir.
Coração bate.
É preciso bater...
Amigos amparam, dando força ao invólucro de algo tão frágil.
Coração bate sereno,
Abatido, triste.
O buraco ainda está lá, preenchendo-se como pode.
Acontecimentos fantásticos surgindo, porque a vida é assim.
Coração bate eufórico,
Misturado de realização e frustração.
O vazio meio cheio.
O cheio meio vazio.
Coração bate esperançoso,
Forte por sua fraqueza.
Tem-se tudo.
Tem-se nada.
Por contradição, bate.
Acelerado por tristezas ou alegrias,
Bate porque é vivo, e nada mais.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dança do Ventre 3

Semana passada fiz uma poesia à respeito da dança do ventre.
Pois bem... essa semana a aula foi o samba do crioulo doido!!
Começou calminha até, com a prof ensinando movimentos de braços e mãos.
Pensei: legal!! E os braços e mãos se mexendo dão um jogo muito legal no corpo, é delicado e fica bonito de ver.
Mas, como tudo que é bom - no caso, fácil - dura pouco... a prof resolveu colocar a música para dançarmos. Detalhe: deveríamos coordenar movimentos das pernas, peito, braços e mãos.
Resultado? 4 loucas se mexendo de uma maneira completamente descoordenada!!!!! A mão não entendia o que o braço fazia, o braço bagunçava com os movimentos das pernas, e o peito não sabia se mexia ou não!
Foi, no mínimo, engraçado!
Mas, como todos dizem: vamos dar tempo ao tempo!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Boliche 3

Bem, todos sabem que adoro boliche.
E fazia um tempo já que não jogava. Pois sexta coloquei na cabeça que iria jogar no fim de semana. Para tanto, precisava achar companhia, pois boliche tem graça assim, com bastante gente. Então vamos lá. Recado no msn, para todos verem. Um amigo topou! Ufa! Mas ainda precisávamos de mais gente! E o amigo se encarregou muito bem disso!
Fomos em 6 - dois amigos com as respectivas namoradas fofas, um amigo do amigo e eu.
Que divertido!! Jogamos umas 4 partidas, num total de 2h30. Um dos amigos eu não via já fazia quase 10 anos!! (isso assusta! E nem venham falar que estou velha!).
Mandei bem! Não fiz quase strike, mas minha pontuação girava numa média de 8 pinos. A namorada de um deles jogou muitíssimo bem também! E um dos amigos conseguiu fazer 3 strikes seguidos!! Unbelievable!
Tudo bem que hoje estou com três dedos doloridos... mas valeu muito!!!!

domingo, 5 de abril de 2009

Conversa de mudo

Hoje de manhã tive uma sensação incomum.
Estava conversando com uma pessoa em um chat, e então essa pessoa ligou o microfone, e eu continuei no teclado.
Aí veio a sensação estranha. Como ele falava e eu escrevia, senti-me uma pessoa muda. Ficamos um tempo assim, até que o som começou a falhar, e ele voltou para o teclado. Aí conversamos como estou acostumada, no falatório digitado.

A Outra

Como comentei no post anterior, ontem assisti ao filme: A Outra.
Trata-se da história de Henrique VIII, rei da Inglaterra. Melhor dizendo, das irmãs Bolena - Mary e Ann.
Uma história que fala das intrigas e dos podres da corte inglesa, e tudo o que envolve a ambição de fazer parte da corte.
O filme é chocante, por se tratar de uma história real.

Noite de distração

Sábado à noite, sem muitos planos em mente, mas sem vontade de ficar em casa.
Liguei para uma amiga e resolvemos ir ao shopping.
Estava lotado! Uma manada - não só em quantidade de gente, mas também porque estava cheio de manos e minas (afff... ok, ok... essa foi podre). Andamos um pouco, até porque o shopping é pequeno, então a Re viu uma amiga dela em uma das lojas, e entramos.
Conversamos um pouco, e fomos as 3 jantar em um dos restaurantes da praça de alimentação.
Praticamente um redoma em meio à muvuca geral! O restaurante tinha um ambiente tranquilo, não estava lotado como o resto do shopping, e a comida era boa!
Jantamos, conversamos, rimos, fofocamos. Nada de mais. Nada de menos também. Foi um jantar muito agradável.
Depois, despedimo-nos da amiga da Re, e viemos aqui para casa. Assim que chegamos, começou um filme na TV, e resolvemos assistir. O filme chama: A Outra, e trata da história de Henrique VIII.
Depois que o filme acabou ainda ficamos conversando por um tempo, e então a Re foi embora.
Foi uma noite de boa distração. Não foi nenhum programa inusitado, mas quem disse que precisa ser, para ser bom?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Muros

A cidade de todos,
E de ninguém
Enclausurada entre muros
De não se sabe quem.
A selva de pedra,
Mais selvagem não tem.
O dinheiro mura,
E o não-dinheiro também.
Cidade?
Muros com um só executivo,
Sem legislativo,
Judiciário de ninguém.



Esse poema surgiu da indignação ao ver uma notícia na internet sobre o muro que estão construindo para barrar o crescimento de uma favela no Rio.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

(Des)fecho

A gente complica muito

Sempre

Sempre cria armas

E tudo q era lindo

Vira um infinito de ranhuras

...

Cheios de buracos

E placas indicando culpados

No final....

Tudo certo, tudo errado

Dois corpos esticados

Dois feridos, dois mortos

Apenas um amor enterrado.


Etnahlirb Los e Renata


Agora, a história desse poema.

Ele surgiu em conjunto com um rapaz, em uma conversa de msn.

Estávamos falando sobre poesias, falei do meu blog pra ele, e ele mandou algumas poesias dele para mim.

Então, falei da poesia "amor", e dela surgiu o que escrevemos acima.

Foi divertido!



Notícia Boa!!!!

Ainda farei suspense por um tempo, mas...
Eita notícia boa que recebi logo pela manhã!!!!!
Por enquanto, apenas adianto:
Acontecerá em julho!!!!!!!!
Mais para frente, conto o que é!
Ciao, caríssimos!
Au revoir!

Dança do Ventre

Pernas,
Quadris,
Coluna,
Peito,
Ombros.
Um só corpo.
Apenas um de cada vez
Movimenta-se.
Quadril sem peito,
Peito sem ombros.
É assim. Como?
Um parafuso frouxo na cintura,
Separando uma parte da outra.
Pensou que fosse fácil?
Mas é assim mesmo.
Quadril sem peito,
Peito sem ombros.
Porque se tudo se mexer,
Vira o samba do criolo doido!