Hoje, na saída da psicóloga, vejo uma mocinha e um rapaz conversando. Ela, de prancheta, papel e caneta em punho, falando sem parar. Ele, escutando sem ouvir, passeando os olhos pelas ruas, onde suas pernas gostariam de seguir.
Então pensei - telemarketing de calçada. Ela oferecia algum serviço para o moço, que, se fosse aceito, concorreria a um brinde, ou desconto, não ouvi muito bem. E ele ali, imóvel, mudo, numa tentativa apática de ir embora. Mas essas vozes são persuasivas, não deixam você escapar, argumentar. Se não insistirmos, somos vencidos pelo cansaço.
Bem, passo por eles, e meus olhares se cruzam com os do rapaz. Seus olhos diziam: "como eu queria estar no seu lugar", ao que os meus responderam: "eu agradeço imensamente por estar em meu lugar!". E segui, sem saber se ficava com mais dó dele ou da moça.
Então pensei - telemarketing de calçada. Ela oferecia algum serviço para o moço, que, se fosse aceito, concorreria a um brinde, ou desconto, não ouvi muito bem. E ele ali, imóvel, mudo, numa tentativa apática de ir embora. Mas essas vozes são persuasivas, não deixam você escapar, argumentar. Se não insistirmos, somos vencidos pelo cansaço.
Bem, passo por eles, e meus olhares se cruzam com os do rapaz. Seus olhos diziam: "como eu queria estar no seu lugar", ao que os meus responderam: "eu agradeço imensamente por estar em meu lugar!". E segui, sem saber se ficava com mais dó dele ou da moça.
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